Vaticano pediu aos torcedores que façam uma 'pausa pela paz' antes da decisão deste domingo.
Às vésperas do confronto entre Argentina e Alemanha na final da Copa do Mundo, o Vaticano minimizou nesta sexta-feira (11) os rumores de rivalidade entre o papa Francisco, um argentino, e seu antecessor Bento 16, um alemão. Em resposta à intensa especulação da mídia sobre a possibilidade de os dois verem a partida juntos, que chamou de "engraçada", o Vaticano pediu aos torcedores que façam uma 'pausa pela paz' antes da decisão deste domingo (13) para lembrar as vítimas da guerra e da pobreza.
Um funcionário do alto escalão do Vaticano, que trabalha com Francisco e com o papa emérito Bento 16, disse à Reuters que ainda não se tomou nenhuma decisão sobre como os dois passarão a noite de domingo (13). Bento 16, notou a fonte, não gosta de futebol, mas acrescentou: "Vamos ver. A situação atual é inédita."
O porta-voz do Vaticano disse não crer que Bento 16, atualmente com 87 anos e vivendo sua aposentadoria em reclusão em um ex-convento no Vaticano, assistirá ao jogo por causa do horário. Em Roma, a partida começa às 21h.
Já Francisco é fã de futebol. Ainda arcebispo de Buenos Aires, era torcedor entusiasmado do clube San Lorenzo, e foi membro honorário do time apelidado de Santos de Boedo, em função da vizinhança onde foi fundado em 1908 por um grupo de jovens que incluía um padre.
O Conselho de Cultura do Vaticano, que trabalha com esportes, classificou a especulação pré-jogo de 'engraçada e divertida', mas declarou que irá pedir um momento de silêncio no domingo para 'pensar em coisas importantes' como a paz.
"Vamos fazer uma pausa pela paz", disse o monsenhor Melcher Sánchez de Tosca y Alameda, subsecretário do conselho, anunciando a hashtag #PAUSEforPeace nas mídias sociais.
Sánchez se referia à tradição da Grécia antiga de interromper todos os conflitos durante os Jogos Olímpicos.'Por que não para a Copa do Mundo? Por que não uma pausa, um momento de silêncio, uma trégua pela paz", indagou.
Um porta-voz do conselho disse que depende de cada torcedor, cada seleção e cada organização, incluindo a Fifa, se, como e quando querem observar um momento de "silêncio ou reflexão ou pausa" para lembrar os que estão sofrendo.
Reuters
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