Assim caminha o Brasil, marcado por o atraso, incompetência e descaso.
Esqueçam o debate de terça-feira na Band. Quem elegerá Dilma será mesmo Dona Nalvinha. E não tem meu-pé-me-dói! Nem se Aécio Neves se juntar à messiânica Marina Inácio Lula Roussef, o simpático tucano conseguirá derrotá-la.
Para quem não sabe, dona Nalvinha é uma agradável sertaneja banguela, ou melhor, ex-banguela, moradora de Batatinha, na Bahia, que foi escolhida pela equipe de campanha da presidenta para um comercial in loco em seu humilde casebre. A produção do programa preocupada com a aparência pouco estética da sertaneja causada pela falta de dois dentes centrais em sua arcada superior resolveu doar-lhe uma prótese dentária para melhor iluminar o seu sorriso durante a ilustre visita.
Não satisfeita com o belo mimo, a equipe presidencial resolveu dar mais um presente para Nalvinha: uma melhoria no fogão de lenha da choupana. Fizeram uma espécie de "puxadinho", aumentando o fogão e, consequentemente, melhorando os ângulos de filmagem para "takes" perfeitos da presidenta em seu momento "culinária na roça".
Logo após a exibição das imagens na "Nalvinha's house" no site dilmamudamais.com.br, constatou-se a extraordinária repercussão que teve a doação daquela santa dentadura, o que estaria levando os principais assessores da campanha petista articularem aquilo que chamamos de "carta na manga" para o tiro de misericórdia na dupla Aécio-Marina. Trata-se da Bolsa Prótese.
Brasileiras e brasileiros teriam acesso ao sonho da inclusão corporal de todos os tipos de próteses. Seria o fim das despeitadas, das desbundadas, das banguelas, das canelas finas, das sem-queixo e daqueles mancebos que nem com pílulas azuis resolvem os seus problemas. As inscrições para o benefício estariam abertas já no dia 02 de janeiro de 2015. Concomitantemente, um programa de reciclagem cirúrgica já estaria sendo providenciado para que os competentes médicos cubanos possam realizar esses procedimentos aumentando, a reboque, a já conhecida Bolsa Fidel.
Nas entrelinhas do exposto, fica claro o desejo de consolidação das bases de um governo populista, sempre alicerçado no espírito assistencialista, na política das esmolas, na perpetuação do atraso cultural, no poder de manobra das massas menos favorecidas, na super valorização das migalhas ofertadas, no poder de convencimento transformador do ilícito em lícito, enfim, tudo aquilo que é perfeitamente possível quando se lida com atraso, despreparo, subserviência e falta absoluta de cultura.
Sobra à Marina a criação do Bolsa Fogão, desprezada pela campanha do PT. Seria uma tentativa e tanto para o incentivo à culinária amenizando a sua imagem de asco em relação ao agronegócio que sob sua ótica tacanha deveria ser reduzido a 1/3 do que é hoje. Tudo em nome de seus conceitos ambientais de teores que beiram a histeria quando afirma que deixará Belo Monte subutilizada por total convicção sobre a real necessidade energética do país, muito embora no debate de ontem na Band tentasse amenizar essas teorias arraigadas à sua alma um tanto fanática e outro tanto egocêntrica. A mim não engana.
E assim caminha o Brasil que, pela sua grandeza, consegue se manter altivo mesmo diante de pensamentos que marcam indelevelmente o atraso, a incompetência e o descaso.
Para quem não sabe, dona Nalvinha é uma agradável sertaneja banguela, ou melhor, ex-banguela, moradora de Batatinha, na Bahia, que foi escolhida pela equipe de campanha da presidenta para um comercial in loco em seu humilde casebre. A produção do programa preocupada com a aparência pouco estética da sertaneja causada pela falta de dois dentes centrais em sua arcada superior resolveu doar-lhe uma prótese dentária para melhor iluminar o seu sorriso durante a ilustre visita.
Não satisfeita com o belo mimo, a equipe presidencial resolveu dar mais um presente para Nalvinha: uma melhoria no fogão de lenha da choupana. Fizeram uma espécie de "puxadinho", aumentando o fogão e, consequentemente, melhorando os ângulos de filmagem para "takes" perfeitos da presidenta em seu momento "culinária na roça".
Logo após a exibição das imagens na "Nalvinha's house" no site dilmamudamais.com.br, constatou-se a extraordinária repercussão que teve a doação daquela santa dentadura, o que estaria levando os principais assessores da campanha petista articularem aquilo que chamamos de "carta na manga" para o tiro de misericórdia na dupla Aécio-Marina. Trata-se da Bolsa Prótese.
Brasileiras e brasileiros teriam acesso ao sonho da inclusão corporal de todos os tipos de próteses. Seria o fim das despeitadas, das desbundadas, das banguelas, das canelas finas, das sem-queixo e daqueles mancebos que nem com pílulas azuis resolvem os seus problemas. As inscrições para o benefício estariam abertas já no dia 02 de janeiro de 2015. Concomitantemente, um programa de reciclagem cirúrgica já estaria sendo providenciado para que os competentes médicos cubanos possam realizar esses procedimentos aumentando, a reboque, a já conhecida Bolsa Fidel.
Nas entrelinhas do exposto, fica claro o desejo de consolidação das bases de um governo populista, sempre alicerçado no espírito assistencialista, na política das esmolas, na perpetuação do atraso cultural, no poder de manobra das massas menos favorecidas, na super valorização das migalhas ofertadas, no poder de convencimento transformador do ilícito em lícito, enfim, tudo aquilo que é perfeitamente possível quando se lida com atraso, despreparo, subserviência e falta absoluta de cultura.
Sobra à Marina a criação do Bolsa Fogão, desprezada pela campanha do PT. Seria uma tentativa e tanto para o incentivo à culinária amenizando a sua imagem de asco em relação ao agronegócio que sob sua ótica tacanha deveria ser reduzido a 1/3 do que é hoje. Tudo em nome de seus conceitos ambientais de teores que beiram a histeria quando afirma que deixará Belo Monte subutilizada por total convicção sobre a real necessidade energética do país, muito embora no debate de ontem na Band tentasse amenizar essas teorias arraigadas à sua alma um tanto fanática e outro tanto egocêntrica. A mim não engana.
E assim caminha o Brasil que, pela sua grandeza, consegue se manter altivo mesmo diante de pensamentos que marcam indelevelmente o atraso, a incompetência e o descaso.
*Carlos Eduardo Leão é médico e cronista
Nenhum comentário:
Postar um comentário