Matéria publicada originalmente pelo Portal Contas Abertas, entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne pessoas físicas e jurídicas, lideranças sociais, empresários, estudantes, jornalistas, bem como quaisquer interessados em conhecer e contribuir para o aprimoramento do dispêndio público, notadamente quanto à qualidade, à prioridade e à legalidade.
Por Gabriela Salcedo e Thais Betat
Com expectativa de receber R$ 432 milhões em doações para as campanhas eleitorais, os cinco candidatos a governo com previsões de gastos mais altos receberam, em um mês, apenas R$ 16,3 milhões. Quando segregados candidatos com respectivas arrecadações, é possível verificar a disparidade na captação de recursos para as campanhas.
Nota-se que, mesmo entre os candidatos que acreditaram receber alta quantia para o desenvolvimento de suas campanhas, as doações variam e, aparentemente, seguem a mesma ordem das pesquisas eleitorais.
O candidato ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, previu a terceira campanha mais cara para governador de todos os estados do Brasil, com limite de gasto de R$ 90 milhões. Ele lidera as pesquisas eleitorais e também as arrecadações, com R$ 5,7 milhões já captados. O montante foi constituído por 18 doações, sendo quatro delas de 900 mil reais. Todas ocultas.
Enquanto isso, Padilha (PT), que pelas pesquisas de opinião recentes é o mais distante de conseguir ocupar o Palácio dos Bandeirantes, previu uma campanha de R$ 92 milhões, mas só arrecadou, por enquanto, R$ 188,2 mil. A doação mais alta é de R$ 89,2 mil de uma receita que permanece oculta, sem especificação do doador originário, apenas advinda do Comitê Financeiro do partido. E a segunda em destaque é de R$ 50 mil, fornecida pela Seara Alimentos LTDA.
“A eleição é um negócio e sendo um negócio, é de risco. Se você aplicar muito dinheiro em um candidato que não vai ganhar, certamente, você perdeu. Mas se o candidato ganhar, você ganha muito, a segurança dos contratos do estado, do munícipio”, explicou o professor de ética e filosofia da Unicamp, Roberto Romano.
O candidato com previsão de campanha mais alta, R$ 95 milhões, também concorre ao governo do estado de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB). Até agora, o empresário angariou receita significativa de R$ 4,3 milhões. Desse valor, R$ 3 milhões foram doados por apenas duas empresas, metade pela Cosan Lubrificantes e Especialidades SA e a outra parcela pela Construtora OAS SA.
O Rio de Janeiro hospeda, entre os candidatos que acreditam que terão as mais caras campanhas, o que mais recebeu doações até o momento. Luís Fernando Pezão (PMDB), com limite de gasto de R$ 85 milhões, já recebeu R$ 5,8 milhões. Desse montante, R$ 3,2 milhões e R$ 2 milhões se configuram como as doações mais altas. No entanto, ainda estão ocultas.
Na capital do País, Agnelo (PT) tem perspectiva de ganho de R$ 70 milhões. Mas, distante da liderança nas pesquisas eleitorais, até então, apenas recebeu R$ 285 mil, de uma única doadora, a A.C.D.A.
“A disparidade na arrecadação de doações pelos candidatos corresponde à disparidade da vida econômica e social,” aponta Romano. Segundo ele, aspectos como as possíveis políticas econômicas, sociais e posicionamentos religiosos adotados pelo candidato – e possível parlamentar – são aspectos que causam discrepâncias na captação de recursos.
Com expectativa de receber R$ 432 milhões em doações para as campanhas eleitorais, os cinco candidatos a governo com previsões de gastos mais altos receberam, em um mês, apenas R$ 16,3 milhões. Quando segregados candidatos com respectivas arrecadações, é possível verificar a disparidade na captação de recursos para as campanhas.
Nota-se que, mesmo entre os candidatos que acreditaram receber alta quantia para o desenvolvimento de suas campanhas, as doações variam e, aparentemente, seguem a mesma ordem das pesquisas eleitorais.
O candidato ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, previu a terceira campanha mais cara para governador de todos os estados do Brasil, com limite de gasto de R$ 90 milhões. Ele lidera as pesquisas eleitorais e também as arrecadações, com R$ 5,7 milhões já captados. O montante foi constituído por 18 doações, sendo quatro delas de 900 mil reais. Todas ocultas.
Enquanto isso, Padilha (PT), que pelas pesquisas de opinião recentes é o mais distante de conseguir ocupar o Palácio dos Bandeirantes, previu uma campanha de R$ 92 milhões, mas só arrecadou, por enquanto, R$ 188,2 mil. A doação mais alta é de R$ 89,2 mil de uma receita que permanece oculta, sem especificação do doador originário, apenas advinda do Comitê Financeiro do partido. E a segunda em destaque é de R$ 50 mil, fornecida pela Seara Alimentos LTDA.
“A eleição é um negócio e sendo um negócio, é de risco. Se você aplicar muito dinheiro em um candidato que não vai ganhar, certamente, você perdeu. Mas se o candidato ganhar, você ganha muito, a segurança dos contratos do estado, do munícipio”, explicou o professor de ética e filosofia da Unicamp, Roberto Romano.
O candidato com previsão de campanha mais alta, R$ 95 milhões, também concorre ao governo do estado de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB). Até agora, o empresário angariou receita significativa de R$ 4,3 milhões. Desse valor, R$ 3 milhões foram doados por apenas duas empresas, metade pela Cosan Lubrificantes e Especialidades SA e a outra parcela pela Construtora OAS SA.
O Rio de Janeiro hospeda, entre os candidatos que acreditam que terão as mais caras campanhas, o que mais recebeu doações até o momento. Luís Fernando Pezão (PMDB), com limite de gasto de R$ 85 milhões, já recebeu R$ 5,8 milhões. Desse montante, R$ 3,2 milhões e R$ 2 milhões se configuram como as doações mais altas. No entanto, ainda estão ocultas.
Na capital do País, Agnelo (PT) tem perspectiva de ganho de R$ 70 milhões. Mas, distante da liderança nas pesquisas eleitorais, até então, apenas recebeu R$ 285 mil, de uma única doadora, a A.C.D.A.
“A disparidade na arrecadação de doações pelos candidatos corresponde à disparidade da vida econômica e social,” aponta Romano. Segundo ele, aspectos como as possíveis políticas econômicas, sociais e posicionamentos religiosos adotados pelo candidato – e possível parlamentar – são aspectos que causam discrepâncias na captação de recursos.
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