Em entrevista concedida à Agência Ecclesia, o cardeal salienta que, sempre na fidelidade ao Magistério, a Igreja tem de saber falar ao Homem de hoje com a linguagem de hoje e viver a fé cristã no tempo em que se encontra.
“E isto torna necessário uma contínua revisão de certas normas”, admite o cardeal.
Entre 5 e 19 de outubro, os bispos de todo o mundo serão chamados a analisar no Vaticano “os desafios pastorais sobre a Família no contexto da evangelização”.
Em 2015 terá lugar uma segunda assembleia, em que o principal objetivo será identificar “linhas de ação para a pastoral da pessoa humana e da família”.
O documento preparatório do Sínodo, publicado pela Santa Sé, deixou antever que na agenda da edição extraordinária de outubro próximo estarão temas como a crise econômica e de natalidade, as dificuldades no matrimônio, a violência doméstica e a educação dos filhos.
“Fala-se muito do problema dos jovens, mas ele deriva do problema das famílias”, frisa o Prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos.
Em foco a partir de outubro estará também a forma como a Igreja olha para problemáticas como a situação dos divorciados ou recasados.
Para o cardeal português, é possível que surjam alterações no modo como a Igreja Católica aborda estas situações, porque “tudo o que não é dogma de fé pode mudar, porque a sociedade muda, a linguagem dos homens muda, o modo de conceber as coisas muda”.
(CM)
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