Cidade do Vaticano (RV) – “Na Eucaristia, Jesus não dá um pedaço de pão, mas o pão da vida eterna, dá Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor nosso”: foi o que disse o Papa Francisco ao meio-dia deste domingo antes de recitar o Angelus. Apesar da chuva que caiu durante toda a manhã sobre a capital italiana, muitos os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro para a oração mariana.
Recordando o Evangelho deste domingo que apresenta o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, quando Jesus ao longo do Lago da Galiléia, dá de comer a uma multidão de pessoas, Francisco disse que deste evento podemos colher três mensagens: compaixão, partilha, Eucaristia.
“A primeira é a compaixão. Diante da multidão que O segue e - por assim dizer - "não o deixa em paz”, Jesus não reage com irritação, mas sente compaixão, porque sabe que não o procuram por curiosidade, mas por necessidade. E o sinal dessa compaixão são as numerosas curas que ele faz. Jesus nos ensina a pensar por primeiro nas necessidades dos pobres e depois nas nossas. Nossas exigências, mesmo legítimas, nunca serão tão urgentes quanto as dos pobres, que não têm o necessário para viver”.
Nós com freqüência falamos dos pobres, - disse o Papa - mas quando falamos dos pobres, sentimos que aquele homem, aquela mulher, aquelas crianças não têm o suficiente para viver? Que não tem nada para comer, que não tem o que vestir, não têm a possibilidade de ter remédios? Também as crianças que não têm a possibilidade de ir para a escola ... E por isso, as nossas exigências - embora legítimas - nunca será tão urgentes quanto aquelas dos pobres que não têm o necessário para viver.
A segunda mensagem é a partilha. É útil comparar a reação dos discípulos, diante das pessoas cansadas e famintas, com a de Jesus, disse o Papa acrescentando:
“Os discípulos pensam que é melhor mandá-las embora, para que possam ir procurar alimento. Em vez disso, Jesus diz: dêem vocês mesmo de comer. Duas reações diferentes, que refletem duas lógicas opostas: os discípulos estão pensando de acordo com o mundo, por isso cada um deve pensar em si mesmo; raciocinam como se dissessem: arranjem-se sozinhos. Jesus pensa de acordo com a lógica de Deus, que é o da partilha”.
Quantas vezes - continuou o Papa Francisco - nos viramos para o outro lado para não ver os irmãos necessitados! E este olhar para o outro lado é uma maneira educada de dizer, com luvas brancas, “arranjem-se sozinhos”. E isso não é de Jesus: isso é egoísmo.
Se Jesus tivesse mando embora a multidão, - continuou Francisco - muitas pessoas ficariam sem comer. Em vez disso, os poucos pães e peixes, compartilhados e abençoados por Deus, foram suficientes para todos. Atenção, disse o Papa: “não é uma magia, é um "sinal”! Um sinal que convida a ter fé em Deus, Pai providente, que não nos faz faltar “o pão nosso de cada dia”, se sabemos compartilhá-lo como irmãos!
Enfim, a terceira mensagem: o prodígio dos pães preanuncia a Eucaristia.
“Isto se pode ver no gesto de Jesus que "recitou a bênção" (v. 19), antes de partir o pão e distribuir para a multidão. É o mesmo gesto que Jesus fará na Última Ceia, quando instituirá o memorial perpétuo do seu Sacrifício redentor. Na Eucaristia, Jesus não dá um pedaço de pão, mas o pão da vida eterna, dá Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor nosso”.
Compaixão, partilha, Eucaristia: este é o caminho que Jesus nos indica neste Evangelho, acrescentou Francisco. Um caminho que nos leva a enfrentar com fraternidade as necessidades deste mundo, mas que nos leva para além deste mundo, porque parte de Deus Pai e retornar a Ele. A Virgem Maria, Mãe da Divina Providência, nos acompanhe neste caminho.
Após a oração do Angelus o Santo Padre saudou os fiéis de Roma e peregrinos de diversos países presentes na Praça São Pedro dizendo que eles eram corajosos pela presença apesar da chuva.
Saudou um grupo da Paróquia Stella Maris do Lido de Latina, que em colaboração com a Gendarmaria do Vaticano e a Guarda Suíça, e abençôo a chama que ficará acesa durante o mês de agosto, em sinal de devoção a Nossa Senhora.
Saudou ainda os jovens da Paróquia do Sagrado Coração, de Pontedera, Diocese de Pisa, que vieram a Roma percorrendo a pé a Via Francigena e os escoteiros da AGESCI e os milhares de Escoteiros italianos a caminho para o grande encontro nacional em San Rossore. (SP)
Rádio Vaticano
Recordando o Evangelho deste domingo que apresenta o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, quando Jesus ao longo do Lago da Galiléia, dá de comer a uma multidão de pessoas, Francisco disse que deste evento podemos colher três mensagens: compaixão, partilha, Eucaristia.
“A primeira é a compaixão. Diante da multidão que O segue e - por assim dizer - "não o deixa em paz”, Jesus não reage com irritação, mas sente compaixão, porque sabe que não o procuram por curiosidade, mas por necessidade. E o sinal dessa compaixão são as numerosas curas que ele faz. Jesus nos ensina a pensar por primeiro nas necessidades dos pobres e depois nas nossas. Nossas exigências, mesmo legítimas, nunca serão tão urgentes quanto as dos pobres, que não têm o necessário para viver”.
Nós com freqüência falamos dos pobres, - disse o Papa - mas quando falamos dos pobres, sentimos que aquele homem, aquela mulher, aquelas crianças não têm o suficiente para viver? Que não tem nada para comer, que não tem o que vestir, não têm a possibilidade de ter remédios? Também as crianças que não têm a possibilidade de ir para a escola ... E por isso, as nossas exigências - embora legítimas - nunca será tão urgentes quanto aquelas dos pobres que não têm o necessário para viver.
A segunda mensagem é a partilha. É útil comparar a reação dos discípulos, diante das pessoas cansadas e famintas, com a de Jesus, disse o Papa acrescentando:
“Os discípulos pensam que é melhor mandá-las embora, para que possam ir procurar alimento. Em vez disso, Jesus diz: dêem vocês mesmo de comer. Duas reações diferentes, que refletem duas lógicas opostas: os discípulos estão pensando de acordo com o mundo, por isso cada um deve pensar em si mesmo; raciocinam como se dissessem: arranjem-se sozinhos. Jesus pensa de acordo com a lógica de Deus, que é o da partilha”.
Quantas vezes - continuou o Papa Francisco - nos viramos para o outro lado para não ver os irmãos necessitados! E este olhar para o outro lado é uma maneira educada de dizer, com luvas brancas, “arranjem-se sozinhos”. E isso não é de Jesus: isso é egoísmo.
Se Jesus tivesse mando embora a multidão, - continuou Francisco - muitas pessoas ficariam sem comer. Em vez disso, os poucos pães e peixes, compartilhados e abençoados por Deus, foram suficientes para todos. Atenção, disse o Papa: “não é uma magia, é um "sinal”! Um sinal que convida a ter fé em Deus, Pai providente, que não nos faz faltar “o pão nosso de cada dia”, se sabemos compartilhá-lo como irmãos!
Enfim, a terceira mensagem: o prodígio dos pães preanuncia a Eucaristia.
“Isto se pode ver no gesto de Jesus que "recitou a bênção" (v. 19), antes de partir o pão e distribuir para a multidão. É o mesmo gesto que Jesus fará na Última Ceia, quando instituirá o memorial perpétuo do seu Sacrifício redentor. Na Eucaristia, Jesus não dá um pedaço de pão, mas o pão da vida eterna, dá Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor nosso”.
Compaixão, partilha, Eucaristia: este é o caminho que Jesus nos indica neste Evangelho, acrescentou Francisco. Um caminho que nos leva a enfrentar com fraternidade as necessidades deste mundo, mas que nos leva para além deste mundo, porque parte de Deus Pai e retornar a Ele. A Virgem Maria, Mãe da Divina Providência, nos acompanhe neste caminho.
Após a oração do Angelus o Santo Padre saudou os fiéis de Roma e peregrinos de diversos países presentes na Praça São Pedro dizendo que eles eram corajosos pela presença apesar da chuva.
Saudou um grupo da Paróquia Stella Maris do Lido de Latina, que em colaboração com a Gendarmaria do Vaticano e a Guarda Suíça, e abençôo a chama que ficará acesa durante o mês de agosto, em sinal de devoção a Nossa Senhora.
Saudou ainda os jovens da Paróquia do Sagrado Coração, de Pontedera, Diocese de Pisa, que vieram a Roma percorrendo a pé a Via Francigena e os escoteiros da AGESCI e os milhares de Escoteiros italianos a caminho para o grande encontro nacional em San Rossore. (SP)
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