E quando a cabeça vai para um lado, o coração para outro e o corpo segue obedecendo a rotina? É sim! Tem dia que a gente fica dividido. Pela vontade, determino meu corpo a horas em uma cadeira. Ele está lá, inquieto, sacudido pelo desejo de fazer outra coisa. Aí a cabeça voa com os passarinhos que passam próximos à janela. Já o coração... Esse se dói de nostalgia e mergulha em anseios!
A música do Chico talvez não se refira a isso, mas vale se apropriar dela dizendo que, realmente, “Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”. Tem dias que eu não estou presente a mim. E você sabe o que acontece? Acontece que – talvez você e antes de nós o Fernando Pessoa, mas falo de mim – “tenho em mim todos os sonhos do mundo”. É tanto sonho que não caibo em mim. Por isso, haja extroversão!
Queria muito aprender a andar de patins. Tenho inveja de quem sabe. E não me venha com a expressão boba de “inveja branca”! Inveja não tem cor. Aliás, eu também devia ter me dedicado mais ao desenho. Como as cores são fascinantes! Tenho muita intuição, mas não tenho técnica. Nem curso técnico. Na época do Ensino Médio, não quis fazer o técnico em laticínios. Diziam que dava dinheiro, que logo que formasse teria emprego. E o emprego dos “porquês” ainda me confunde. Devia ter me dedicado mais à gramática, mas preferi a literatura. Eu abro um livro e viajo. Rio sozinho, do livro e das mensagens no WhatsApp do Thiago, do Alexandre, do Rick, da Patrícia, do Pablo, da Flávia...
As opções vão me aproximando de uns e afastando de outros. Alguns são reencontrados; outros tantos, perdidos. Onde foi parar o Carlos Alberto? A gente fez a primeira série juntos. Da escola, ficou o Fábio. Tem o povo dos grupos que participei, dos lugares que morei, dos trabalhos que fiz. Preciso responder um monte de e-mails, mandar mensagens, ligar para um monte de gente. É que todo mundo ficou aqui dentro e não dá para cuidar de todos. Dos que estão mais perto hoje, quem permanecerá mais próximo daqui a uns 10 anos? Não sei. Só sei que não dá para ter todo mundo nem fazer tudo.
Vai ter Festival Natura Musical, no dia do aniversário do Fábio e um dia depois do João Victor, com uma programação incrível! Eu queria ver o Chico Lobo, mas é no mesmo horário que o 5 a Seco. E eu tenho que aproveitar o tempo para escrever e ler uma pilha de livros. E se você me perguntar o que eu faria se tivesse tempo livre, acabaria por me chocar com uma pergunta tão descabida. O que enche meu tempo é aquilo que eu abracei com liberdade. É a liberdade o que me prende. Ela se efetiva na escolha, nessa coisa gozosa de ter o que se quer; nessa coisa dolorosa de se perder outro tanto que também se quer. Com todas as perdas e ganhos, por todas as perdas e ganhos, minha vida é bonita.
Festival Natura Musical
O festival vai acontecer no dia 14 de Setembro, domingo, em três espaços diferentes. O evento é gratuito mas é preciso pegar ingresso para participar das atividades que acontecerão na Praça da Estação. A novidade desse ano é a programação Infantil na Praça da Liberdade. Maiores informações em naturamusical.com.br.
Programação
Praça da Liberdade (Programação Infantil)
10h00 - Érika Machado
11h15 - Giramundo
Oficinas e atividades lúdicas
14h30 - Disco Baby e Anderson Noise
16h30 - Pequeno Cidadão
Praça JK
Vinil é Arte
15h00 - Siba com Chico Lobo
16h30 - Felipe Cordeiro com Luê e participação de Dona Jandira
18h00 - Karina Buhr canta Secos e Molhados
19h30 - Nação Zumbi com BNegão
Praça da Estação
13h00 - Abertura dos portões
Vinil é Arte
14h00 - Marcela Bellas com Juliana Sinimbu
15h00 - 5 a Seco
16h30 - Fernanda Takai com Samuel Rosa
18h00 - Elba Ramalho com Mariana Aydar
19h30 - Ney Matogrosso
21h15 - Show de Encerramento: aguarde!
A música do Chico talvez não se refira a isso, mas vale se apropriar dela dizendo que, realmente, “Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”. Tem dias que eu não estou presente a mim. E você sabe o que acontece? Acontece que – talvez você e antes de nós o Fernando Pessoa, mas falo de mim – “tenho em mim todos os sonhos do mundo”. É tanto sonho que não caibo em mim. Por isso, haja extroversão!
Queria muito aprender a andar de patins. Tenho inveja de quem sabe. E não me venha com a expressão boba de “inveja branca”! Inveja não tem cor. Aliás, eu também devia ter me dedicado mais ao desenho. Como as cores são fascinantes! Tenho muita intuição, mas não tenho técnica. Nem curso técnico. Na época do Ensino Médio, não quis fazer o técnico em laticínios. Diziam que dava dinheiro, que logo que formasse teria emprego. E o emprego dos “porquês” ainda me confunde. Devia ter me dedicado mais à gramática, mas preferi a literatura. Eu abro um livro e viajo. Rio sozinho, do livro e das mensagens no WhatsApp do Thiago, do Alexandre, do Rick, da Patrícia, do Pablo, da Flávia...
As opções vão me aproximando de uns e afastando de outros. Alguns são reencontrados; outros tantos, perdidos. Onde foi parar o Carlos Alberto? A gente fez a primeira série juntos. Da escola, ficou o Fábio. Tem o povo dos grupos que participei, dos lugares que morei, dos trabalhos que fiz. Preciso responder um monte de e-mails, mandar mensagens, ligar para um monte de gente. É que todo mundo ficou aqui dentro e não dá para cuidar de todos. Dos que estão mais perto hoje, quem permanecerá mais próximo daqui a uns 10 anos? Não sei. Só sei que não dá para ter todo mundo nem fazer tudo.
Vai ter Festival Natura Musical, no dia do aniversário do Fábio e um dia depois do João Victor, com uma programação incrível! Eu queria ver o Chico Lobo, mas é no mesmo horário que o 5 a Seco. E eu tenho que aproveitar o tempo para escrever e ler uma pilha de livros. E se você me perguntar o que eu faria se tivesse tempo livre, acabaria por me chocar com uma pergunta tão descabida. O que enche meu tempo é aquilo que eu abracei com liberdade. É a liberdade o que me prende. Ela se efetiva na escolha, nessa coisa gozosa de ter o que se quer; nessa coisa dolorosa de se perder outro tanto que também se quer. Com todas as perdas e ganhos, por todas as perdas e ganhos, minha vida é bonita.
Festival Natura Musical
O festival vai acontecer no dia 14 de Setembro, domingo, em três espaços diferentes. O evento é gratuito mas é preciso pegar ingresso para participar das atividades que acontecerão na Praça da Estação. A novidade desse ano é a programação Infantil na Praça da Liberdade. Maiores informações em naturamusical.com.br.
Programação
Praça da Liberdade (Programação Infantil)
10h00 - Érika Machado
11h15 - Giramundo
Oficinas e atividades lúdicas
14h30 - Disco Baby e Anderson Noise
16h30 - Pequeno Cidadão
Praça JK
Vinil é Arte
15h00 - Siba com Chico Lobo
16h30 - Felipe Cordeiro com Luê e participação de Dona Jandira
18h00 - Karina Buhr canta Secos e Molhados
19h30 - Nação Zumbi com BNegão
Praça da Estação
13h00 - Abertura dos portões
Vinil é Arte
14h00 - Marcela Bellas com Juliana Sinimbu
15h00 - 5 a Seco
16h30 - Fernanda Takai com Samuel Rosa
18h00 - Elba Ramalho com Mariana Aydar
19h30 - Ney Matogrosso
21h15 - Show de Encerramento: aguarde!
Gilmar P. da Silva SJMestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com pesquisa em Signo e Significação nas Mídias, Cultura e Ambientes Midiáticos. Graduação em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). Possui Graduação em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Experiência na área de Filosofia, com ênfase na filosofia kierkegaardiana. 
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