MUNDO
Roma, Cidade do Vaticano (RV)
Texto Darci Vilarinho | Foto Lusa | 30/08/2014 | 11:09
«A visita do Papa Francisco à Albânia vem trazer uma nova frescura. A sociedade mudou muito, mas há alguns desafios que permanecem: a corrupção, a pobreza, o desemprego, a criminalidade organizada e a justiça»
O Papa Francisco visitará a Albânia no próximo dia 21 de setembro. Será uma visita breve, de um só dia. A Igreja albanesa aguarda essa visita «com sentimentos de gratidão», segundo as palavras do arcebispo de Tirana. Rrok Miridita, à Rádio Vaticana.
«É o sucessor de Pedro que olha para nós e vem encontrar-se connosco – diz o prelado – para nos confirmar na fé e homenagear o martírio e o sofrimento dos católicos. Mas não é só a Igreja albanesa que o aguarda com alegria e afeto; também as outras religiões e os não crentes que nutrem pelo Papa uma grande estima e apreço».
O arcebispo Miridita recorda que na Albânia a perseguição do regime comunista reforçou a comunhão entre as religiões, e que as quatro principais comunidades religiosas (muçulmanos sunitas, ortodoxos, católicos e muçulmanos bektashi) convivem pacificamente.
O arcebispo de Tirana recorda ainda que 21 anos depois da visita de João Paulo II, «a visita do Papa Francisco vem trazer uma nova frescura. A sociedade mudou muito, mas há alguns desafios que permanecem: a corrupção, a pobreza, o desemprego, a criminalidade organizada e a justiça».
Numa entrevista destes dias a Vatican Insider, Angelo Massafra, arcebispo de Scutari-Pult e presidente da Conferência episcopal albanesa, espera que a próxima visita do Papa Francisco ao seu país «favoreça ainda mais o trabalho já iniciado há anos e possa ser um exemplo de fraternidade e abertura ilimitada para outros povos que hoje, infelizmente, sofrem a perseguição religiosa, porque quem mata em nome da fé está a ser impelido por um espírito criminoso e terrorista, mas não pelo Espírito de Deus».
Fazendo memória das anteriores perseguições, Massafra afirma que o sangue dos mártires é uma advertência para o futuro: «Os nossos mártires são hoje em dia o modelo mais forte de que dispomos para estimular ainda mais o povo albanês a não renegar as próprias origens».
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