sábado, 16 de agosto de 2014

OMS: tratamento não chegará aos desfavorecidos

A OMS confirmou a morte de 1.013 pessoas pela doença e o contágio de outras 1.848

Da OMS vem as críticas de que não “houve investimento por parte de nenhum governo” e asseguram que “é uma falha de mercado” que ainda nenhum medicamento tenha chegado até a fase de ensaio clínico.
Em uma conferência com a imprensa, a OMS explicou que dava sua aprovação para a utilização do medicamento experimental. “Levando em conta as circunstâncias da epidemia e desde que sempre sejam cumpridas certas condições, o comitê chegou a um consenso por considerar que é ético oferecer tratamentos não aprovados cuja eficácia e efeitos secundários ainda não são conhecidos, como um possível tratamento ou prevenção”, explicaram no comunicado.
A OMS confirmou a morte de 1.013 pessoas pela doença e o contágio de outras 1.848. O maior número de infecções e mortes foi registrado na Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria. Na Europa, o único falecido é o religioso espanhol.
Medicamento esgotado
Até o momento, ofereceu-se o tratamento para apenas três pessoas: dois estadunidenses e o missionário espanhol Miguel Pajares. Como foi confirmado pela própria farmacêutica, Mapp Biopharmaceutical, o medicamento “Zmapp está esgotado”. O governo da Libéria reconhece que fez contato com a farmacêutica, que se comprometeu a enviar ao país africano os tratamentos que têm disponíveis.
Antes do fim do estoque, o tratamento foi enviado para um país da África Ocidental. A OMS recorda que eles não têm “nenhuma responsabilidade no envio de tratamento algum aos países porque não temos nenhum tratamento na reserva”.

Vacina canadense
Por outro lado, o governo canadense anunciou que está desenvolvendo uma vacina contra o ebola que poderia ser utilizada de forma massiva dentro de quatro ou seis meses. De fato, já contam com cerca de 1.500 doses que serão utilizadas em ensaios clínicos. Além disso, mandaram fazer dez doses para a OMS e os Médicos Sem Fronteiras.
La Marea, 14-08-2014

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