Seul (RV) - O retorno do Papa a Seul após o encontro com os jovens em Daejeon foi caracterizado por uma visita fora de programa.
Antes de chegar à nunciatura apostólica concluindo assim seu segundo dia em terras coreanas, Francisco quis fazer uma visita à Universidade Sogang.
O Colégio Sogang foi fundado em 1960 pela Companhia de Jesus, tornando-se universidade dez anos depois. Entre os presentes encontrava-se o diretor da revista jesuíta "La Civiltà Cattolica", Pe. Antonio Spadaro, que nos conta, em entrevista à Rádio Vaticano, os momentos da inesperada visita do Pontífice.
Pe. Antonio Spadaro:- "O Papa decidiu ir encontrar seus coirmãos Jesuítas e nesta quinta-feira comunicou seu intento. Portanto, foi uma coisa absolutamente nova também para eles, que ficaram desconcertados, porque não sabiam o que preparar e nem como. Na realidade, o encontro foi de uma simplicidade incrível: uma sensação de casa, de família, de normalidade absolutamente grande, forte."
RV: O que disseram entre vocês e, sobretudo, o que o Papa disse a seus coirmãos?
Pe. Antonio Spadaro:- "O Papa entrou e foi acolhido, como podem imaginar, com um grande aplauso, e todos se apresentaram. No final todos se apresentaram, mas no início também por tipologia de atividade: os jovens em formação, portanto, os noviços, e depois aqueles que se ocupam do apostolado espiritual, do apostolado juvenil. Foi realmente uma grande festa. O Papa gostou muito deste clima e depois, após algumas poucas palavras introdutórias de saudação, falou. Falou espontaneamente, é claro (sem texto) e foi um discurso simples e intenso, tudo ele centralizado numa palavra – consolação – que para nós Jesuítas é uma palavra fundamental: a consolação espiritual. Disse que somos ministros da consolação, que por vezes na Igreja se experimentam fadigas, feridas, e que algumas vezes o povo sofre feridas também por causa dos ministros da Igreja. E reiterou aquela expressão que usou na entrevista que lhe havia feito da Igreja como "hospital de campanha". Retomou essa expressão e a confirmou. Essa é sua visão da Igreja. Portanto, a tarefa de nós, Jesuítas – mas, diria, em geral, dos ministros do Evangelho, dos sacerdotes, dos religiosos – é a de sermos pessoas de consolação, que dão paz ao povo, que suavizam as feridas. E repetiu isso de vários modos e com acentos muito fortes, muito envolventes."
RV: O Papa fez alguma referência à situação coreana, à visita, aos objetivos de sua visita?
Pe. Antonio Spadaro:- "Fez uma saudação... Não falou de sua visita em geral, mas se referiu a uma situação particular, porque durante o encontro com os jovens uma moça cambojana fez referência ao fato que seu país não tem um santo canonizado. Na realidade, tem um mártir, o primeiro bispo, que se encontra em fase de processo de beatificação. Em todo caso, em exame, do qual o Papa tem absolutamente conhecimento. A parte isso, porém, o Papa ficou profundamente impressionado pelo fato de uma moça tão jovem ter externado um questionamento dessa natureza. Isso o impressionou profundamente e ele o repetiu, inclusive porque estava presente um jesuíta coreano que vive no Camboja. Havia presentes jesuítas que vivem em outros lugares." (RL)
Rádio Vaticano
Antes de chegar à nunciatura apostólica concluindo assim seu segundo dia em terras coreanas, Francisco quis fazer uma visita à Universidade Sogang.
O Colégio Sogang foi fundado em 1960 pela Companhia de Jesus, tornando-se universidade dez anos depois. Entre os presentes encontrava-se o diretor da revista jesuíta "La Civiltà Cattolica", Pe. Antonio Spadaro, que nos conta, em entrevista à Rádio Vaticano, os momentos da inesperada visita do Pontífice.
Pe. Antonio Spadaro:- "O Papa decidiu ir encontrar seus coirmãos Jesuítas e nesta quinta-feira comunicou seu intento. Portanto, foi uma coisa absolutamente nova também para eles, que ficaram desconcertados, porque não sabiam o que preparar e nem como. Na realidade, o encontro foi de uma simplicidade incrível: uma sensação de casa, de família, de normalidade absolutamente grande, forte."
RV: O que disseram entre vocês e, sobretudo, o que o Papa disse a seus coirmãos?
Pe. Antonio Spadaro:- "O Papa entrou e foi acolhido, como podem imaginar, com um grande aplauso, e todos se apresentaram. No final todos se apresentaram, mas no início também por tipologia de atividade: os jovens em formação, portanto, os noviços, e depois aqueles que se ocupam do apostolado espiritual, do apostolado juvenil. Foi realmente uma grande festa. O Papa gostou muito deste clima e depois, após algumas poucas palavras introdutórias de saudação, falou. Falou espontaneamente, é claro (sem texto) e foi um discurso simples e intenso, tudo ele centralizado numa palavra – consolação – que para nós Jesuítas é uma palavra fundamental: a consolação espiritual. Disse que somos ministros da consolação, que por vezes na Igreja se experimentam fadigas, feridas, e que algumas vezes o povo sofre feridas também por causa dos ministros da Igreja. E reiterou aquela expressão que usou na entrevista que lhe havia feito da Igreja como "hospital de campanha". Retomou essa expressão e a confirmou. Essa é sua visão da Igreja. Portanto, a tarefa de nós, Jesuítas – mas, diria, em geral, dos ministros do Evangelho, dos sacerdotes, dos religiosos – é a de sermos pessoas de consolação, que dão paz ao povo, que suavizam as feridas. E repetiu isso de vários modos e com acentos muito fortes, muito envolventes."
RV: O Papa fez alguma referência à situação coreana, à visita, aos objetivos de sua visita?
Pe. Antonio Spadaro:- "Fez uma saudação... Não falou de sua visita em geral, mas se referiu a uma situação particular, porque durante o encontro com os jovens uma moça cambojana fez referência ao fato que seu país não tem um santo canonizado. Na realidade, tem um mártir, o primeiro bispo, que se encontra em fase de processo de beatificação. Em todo caso, em exame, do qual o Papa tem absolutamente conhecimento. A parte isso, porém, o Papa ficou profundamente impressionado pelo fato de uma moça tão jovem ter externado um questionamento dessa natureza. Isso o impressionou profundamente e ele o repetiu, inclusive porque estava presente um jesuíta coreano que vive no Camboja. Havia presentes jesuítas que vivem em outros lugares." (RL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário