segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Projeto no Nepal oferece voo de paraglider acompanhado de abutre

Atualizado em 25/08/2014 16h50

Ave de rapina e turistas usam as mesmas correntes de ar para subir.

Ideia é divulgar a importância da preservação das aves de rapina.

Do G1, em São Paulo
Voo de paraglider é acompanhado por abutre (Foto: ©Exclusivepix/IBERPRESS)Voo de paraglider é acompanhado por abutre (Foto: ©Exclusivepix/IBERPRESS)
Voos de paraglider estão entre as atrações de vários locais turísticos. No Nepal, no entanto, o voo livre é oferecido com um adicional diferente: a companhia de um abutre treinado. Tanto o paraglider como a ave de rapina voam lado a lado usando as correntes de ar quente para ganhar altitude. Para controlar a ave, é necessário oferecer pequenos nacos de carne a ele durante o voo, uma técnica herdada da falcoaria.
Um especialista em falcoaria, Scott Mason, foi o inventor da modalidade. Ele quer chamar a atenção para as espécies ameaçadas de abutres na Ásia. Uma delas teve 99% dos animais mortos nos últimos 15 anos. A causa principal é o diclofenaco, um anti-inflamatório dado ao gado pelos criadores, e que é tóxico para as aves.
Quando os abutres se alimentam de uma carcaça de boi que tomou esse medicamento, morre pouco tempo depois de falência do fígado ou dos rins. Esses pássaros têm uma imagem ruim de carniceiros, mas têm grande importância no ecossistema, ao se alimentarem de restos de animais mortos que, de outra forma, poderiam espalhar doenças.
Detalhe do voo da ave (Foto: ©Exclusivepix/IBERPRESS)Detalhe do voo da ave (Foto: ©Exclusivepix/IBERPRESS)

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