Em agosto, Igreja Católica convida todos a fazer uma reflexão sobre suas contribuições à sociedade.
No Mês das Vocações, todos são convidados a fazer uma reflexão a respeito de seu papel na sociedade.
Por Alexandre Vaz
Repórter Dom Total
Lembrado como o mês que põe fim às férias de inverno, dando início às atividades do segundo semestre, agosto tem um significado especial para a Igreja Católica no Brasil. É o chamado Mês das Vocações, período em que todos são convidados a fazer uma reflexão a respeito de seu papel na sociedade e a exercer sua vocação de acordo com o chamado de Deus.
Segundo o reitor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), padre Jaldemir Vitório SJ, a palavra vocação vem do latim “vocare”, que significa “chamado”. “Ela tem como pano de fundo a experiência do ser humano com Deus, no sentido de que ele recebe um chamado Dele para exercer uma missão na Terra”, explica.
Para lembrar a responsabilidade de cada um na construção de uma sociedade mais justa e fraterna, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu em 1981, em sua 19ª Assembleia Geral, agosto como o Mês das Vocações.
“Houve uma motivação histórica. Na época, o Concílio Vaticano II havia chamado a atenção de que todos os batizados para a missão da Igreja. Nesse sentido, a Igreja brasileira entendeu que a obra de Jesus Cristo não era de responsabilidade apenas dos membros da Igreja, como padres, freiras ou bispos, mas de todos. Com isso, o mês de agosto ficou instituído como o momento que todos são convidados à reflexão”, destaca padre Vitório.
O reitor da Faje lembra o exemplo de Moisés, que foi chamado por Deus para libertar o povo hebreu da escravidão no Egito. “Assim como ele, advogados, médicos, políticos e religiosos são chamados a exercer suas vocações de acordo como o apelo de Deus. Mas, para sabermos se o trabalho do profissional está condizente com sua vocação, é preciso observar sua atitude. Ou seja, qual o propósito que está sendo perseguido por ele”, explica.
Ele ressalta que a vocação pode ser exercida, independentemente de a pessoa ser católica ou não. Como exemplo, ele cita a pessoa que vai à academia todos os dias, com o objetivo de ter saúde e continuar trabalhando em favor da sociedade. “Nesse caso, não se trata de vaidade. A academia tem um propósito maior”. Já o padre que se lança como cantor com o objetivo de ter fama e prestígio não trabalha de acordo com a vocação. “Perdeu-se completamente no propósito”, conclui padre Vitório.
“Hoje em dia, a sociedade é movida pelo pragmatismo. A visão teológica-espiritual vai desaparecendo, dando lugar ao individualismo. A mentalidade moderna joga a pessoa para dentro de si mesmo. Por isso, é fundamental esse trabalho de lembrar as pessoas sobre seu papel para o bem comum”, ressalta.
Repórter Dom Total
Lembrado como o mês que põe fim às férias de inverno, dando início às atividades do segundo semestre, agosto tem um significado especial para a Igreja Católica no Brasil. É o chamado Mês das Vocações, período em que todos são convidados a fazer uma reflexão a respeito de seu papel na sociedade e a exercer sua vocação de acordo com o chamado de Deus.
Segundo o reitor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), padre Jaldemir Vitório SJ, a palavra vocação vem do latim “vocare”, que significa “chamado”. “Ela tem como pano de fundo a experiência do ser humano com Deus, no sentido de que ele recebe um chamado Dele para exercer uma missão na Terra”, explica.
Para lembrar a responsabilidade de cada um na construção de uma sociedade mais justa e fraterna, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu em 1981, em sua 19ª Assembleia Geral, agosto como o Mês das Vocações.
“Houve uma motivação histórica. Na época, o Concílio Vaticano II havia chamado a atenção de que todos os batizados para a missão da Igreja. Nesse sentido, a Igreja brasileira entendeu que a obra de Jesus Cristo não era de responsabilidade apenas dos membros da Igreja, como padres, freiras ou bispos, mas de todos. Com isso, o mês de agosto ficou instituído como o momento que todos são convidados à reflexão”, destaca padre Vitório.
O reitor da Faje lembra o exemplo de Moisés, que foi chamado por Deus para libertar o povo hebreu da escravidão no Egito. “Assim como ele, advogados, médicos, políticos e religiosos são chamados a exercer suas vocações de acordo como o apelo de Deus. Mas, para sabermos se o trabalho do profissional está condizente com sua vocação, é preciso observar sua atitude. Ou seja, qual o propósito que está sendo perseguido por ele”, explica.
Ele ressalta que a vocação pode ser exercida, independentemente de a pessoa ser católica ou não. Como exemplo, ele cita a pessoa que vai à academia todos os dias, com o objetivo de ter saúde e continuar trabalhando em favor da sociedade. “Nesse caso, não se trata de vaidade. A academia tem um propósito maior”. Já o padre que se lança como cantor com o objetivo de ter fama e prestígio não trabalha de acordo com a vocação. “Perdeu-se completamente no propósito”, conclui padre Vitório.
“Hoje em dia, a sociedade é movida pelo pragmatismo. A visão teológica-espiritual vai desaparecendo, dando lugar ao individualismo. A mentalidade moderna joga a pessoa para dentro de si mesmo. Por isso, é fundamental esse trabalho de lembrar as pessoas sobre seu papel para o bem comum”, ressalta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário