quinta-feira, 25 de setembro de 2014

51% dos homens maduros não vão ao médico

Quando o assunto é procurar um urologista ou cardiologista, os homens evitam se consultar com um profissional.

Por Patrícia Almada
Repórter DomTotal

‘A chave para o tratamento mais adequado e cura de muitas doenças é a detecção precoce’. O alerta é do urologista Carlos Corradi, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia. Ele ressalta que ir a um profissional da saúde o mais cedo possível ajuda na prevenção de enfermidades.

Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que 51% dos homens com idade acima dos 40 anos admitem não consultar um cardiologista ou urologista para realizar exames preventivos ou de rotina.

Para o urologista Corradi, o machismo e o tabu são pontos fortes que explicam a baixa procura por estes tipos de especialidades médicas. “O machismo e tabu com relação à saúde masculina impedem os homens de cuidar da própria saúde”, explica o urologista.
Ainda de acordo com a pesquisa, a falta de conhecimento do próprio corpo também serve de alerta: 55% dos entrevistados desconhecem a medida de sua própria cintura e quase 60% mal sabem qual o número ideal da circunferência abdominal. (o número ideal varia entre 90 e 95 cm para os homens).

Conhecimento do corpo

Carlos Corradi explica que os homens, às vezes, possuem dificuldades de saber o que se passa com o próprio corpo. “Por exemplo, no caso do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), mais conhecido como andropausa, a pesquisa mostrou que 83% dos homens não conhecem os sintomas. Se os homens mal reconhecem o que estão passando, notamos que eles sabem menos ainda sobre os tratamentos disponíveis” conclui o urologista.

O profissional ressalta que o incentivo da família também é importante para os homens buscarem um profissional da saúde. “O envolvimento de toda família buscando hábitos cada vez mais saudáveis, estimulando os homens a reconhecer os sinais de seu corpo e a sempre procurar um especialista, vão ajudar a mudarmos o quadro da saúde masculina no Brasil, para que possamos trabalhar muito mais com a prevenção do que a doença propriamente dita”, finaliza.
Redação DomTotal

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