domingo, 21 de setembro de 2014

A fraternidade: antídoto à guerra

Em diálogo com o secretário de Estado sobre a visita do Pontífice a Redipuglia
Nicola Gori

A diversidade é para o crescimento e para o encontro, não para a contraposição e o confronto. Eis o ponto-chave para construir uma verdadeira cultura de paz e evitar que a humanidade prossiga pelo caminho que leva à «terceira guerra» mundial evocada pelo Papa Francisco em Redipuglia.

Afirma nesta entrevista ao L'osservatore Romano o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, que no sábado passado acompanhou o Pontífice na peregrinação ao cemitério austro-húngaro e ao sacrário militar goriziano por ocasião do centenário do início da primeira guerra mundial.

Qual foi a sua impressão ao viver de perto a peregrinação do Papa?

Foi uma visita breve, mas intensa, uma espécie de estatio dolorosa caracterizada por um espírito de recolhimento e de oração, e realizou-se no sinal da reflexão sobre os temas da guerra e da paz. Temas desenvolvidos de modo muito eficaz pelo Papa na homilia, sobretudo quando, citando o livro do Gênesis, afirmou que na raiz de cada guerra está sempre esta atitude: «Que me importa do meu irmão?». Penso que até as pessoas, pelo que pude ver, compreenderam o caráter particular desta visita. Naturalmente há sempre grande alegria pela presença do Papa; mas, além deste aspecto, em Redipuglia viu-se também uma participação muito atenta, sentida, profunda.
 
SIR

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