segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ambição para reduzir emissões

'O Brasil tem que se comprometer com ações de redução de emissões concretas e não ficar apenas no discurso'.

Começa nesta segunda-feira mais uma fase das consultas públicas do Itamaraty para o novo acordo global do clima. Durante a semana serão realizadas reuniões nas quais serão discutidas as contribuições da sociedade civil para as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa que o Brasil precisa apresentar em 2015 na Conferência do Clima da ONU (COP).

Em julho, o Greenpeace participou da primeira fase da consulta pública e pediu em sua demanda o compromisso do governo brasileiro de reduzir, até 2050, as emissões do setor de energia em 60% em relação ao projetado em seu cenário de referência de seu relatório [R]evolução Energética. Na prática, isso significaria sair de 777 milhões de toneladas de CO2 por ano – um dos principais gases do efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas -  para menos da metade, apenas 312 toneladas por ano.

Também significa dizer que mesmo considerando o crescimento do consumo energético das diversas áreas e setores - transporte, indústria, geração de eletricidade, entre outros -  ainda manteríamos as emissões do setor, em 2050, 13% abaixo das emissões de 2010.

A redução cumulativa proposta no cenário do Greenpeace é equivalente a 5 bilhões de toneladas de CO2, sendo 465 milhões de toneladas apenas em 2050. “O Brasil tem que se comprometer com ações de redução de emissões concretas e não ficar apenas no discurso. As mudanças climáticas já são realidade e como sexto maior emissor do mundo temos que entender a urgência disso”, disse Barbara Rubim, coordenadora de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Greenpeace

Nenhum comentário:

Postar um comentário