O mês da Bíblia nos recorda que a Palavra de Deus está aí para nos iluminar, a fim de percebermos Ele no dia a dia.
Por Dom Pedro Paulo Cipolini*
Impressionante o aparente silêncio de Deus diante do drama humano que se descortina a nosso redor. Mais chocante é o silêncio diante das orações dos que creem. Perseguição e violência contra cristãos, em várias partes do mundo, caso do Iraque. Morte de fome e doenças, em várias partes do Planeta, caso das vítimas do ébola na África. Coloca-se a pergunta: Deus onde estás? Eis o drama de muitos que, como Jó, rezam e não escutam resposta.
O mês de setembro, entre nós católicos, é dedicado de forma especial à consideração da Palavra de Deus: mês da Bíblia! À pergunta sobre onde está Deus, devemos responder que Ele está no meio de nós. É isso que a Bíblia nos ensina. "A Palavra se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14 ). Em Jesus, Deus nos fala de forma vibrante, total. São João da Cruz escreve; “Uma palavra disse o Pai, que foi seu Filho; e di-la sempre no eterno silêncio e em silêncio ela há de ser ouvida” ( cf. in Ditos de Amor e Luz n. 98).
Não há silêncio de Deus a não ser para aqueles que não querem ouvir Jesus: "Este é meu filho amado em quem encontro meu agrado: escutai-o” (Mt 17,5). Por aí se deduz que não é Deus que não fala, ou não responde. Somos nós que não sabemos fazer o necessário silêncio para ouvi-Lo. Ou nossa fé não é suficiente para fazer silêncio e contemplar o mistério que nos envolve. Deus é tão grande que não o compreendemos (cf. Jó, 36,26). O profeta Isaías deixa registrado: “...vós sois um Deus escondido”(Is 45,15). Este ocultamento é glória para Deus! (cf. Pr 25,2).
Mas se Deus se revelou plenamente em Jesus, como permanece este ocultamento? Ao ponto de São Paulo escrever: “Quem és tu, ó homem, para pedires conta a Deus?” (Rm 9,20). Aqui nos defrontamos com o mais profundo do mistério da Revelação que Deus faz de si mesmo em Jesus Cristo: Deus se revela na fraqueza (cf. 2 Cr 12,7-10). Grande parte da revolta contra Deus, e até mesmo da negação da existência de Deus está no fato de que o modo e o local, no qual Deus quis se revelar não são aceitos, embora sejam conhecidos. O que o mundo julga estulto Deus escolheu para confundir os sábios...etc
A sabedoria de Deus é infinita e se revelou na pobreza do modo e dos meios, com os quais se deu a conhecer: de Belém até a cruz. Não é fácil fazer-se conhecer quando se é Deus, pois, Ele não teria sido amado, mas adulado ou temido somente, se tivesse feito de outro modo.
O mês da Bíblia é um mês para nos recordar que a Palavra de Deus está aí para nos iluminar, a fim de percebermos no dia a dia da vida o quanto Deus continua nos falando. Sobretudo, a ensinar-nos que Deus escreve direito por linhas tortas. E que precisamos nos tornar hábeis na leitura destas linhas tortas. “Conserva-te em silêncio diante de Deus e espera Nele” (Sl 37,7). Esta é a resposta da fé, a única que convém diante da Revelação amorosa que Deus nos faz.
Para adentrar-nos no tesouro da Palavra, estão a nosso dispor tantos instrumentos que neste mês queremos recordar a todos, principalmente a urgência da iniciação à vida cristã e a animação bíblica da vida e da pastoral, propostas pelas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (Doc. 64/CNBB).
Impressionante o aparente silêncio de Deus diante do drama humano que se descortina a nosso redor. Mais chocante é o silêncio diante das orações dos que creem. Perseguição e violência contra cristãos, em várias partes do mundo, caso do Iraque. Morte de fome e doenças, em várias partes do Planeta, caso das vítimas do ébola na África. Coloca-se a pergunta: Deus onde estás? Eis o drama de muitos que, como Jó, rezam e não escutam resposta.
O mês de setembro, entre nós católicos, é dedicado de forma especial à consideração da Palavra de Deus: mês da Bíblia! À pergunta sobre onde está Deus, devemos responder que Ele está no meio de nós. É isso que a Bíblia nos ensina. "A Palavra se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14 ). Em Jesus, Deus nos fala de forma vibrante, total. São João da Cruz escreve; “Uma palavra disse o Pai, que foi seu Filho; e di-la sempre no eterno silêncio e em silêncio ela há de ser ouvida” ( cf. in Ditos de Amor e Luz n. 98).
Não há silêncio de Deus a não ser para aqueles que não querem ouvir Jesus: "Este é meu filho amado em quem encontro meu agrado: escutai-o” (Mt 17,5). Por aí se deduz que não é Deus que não fala, ou não responde. Somos nós que não sabemos fazer o necessário silêncio para ouvi-Lo. Ou nossa fé não é suficiente para fazer silêncio e contemplar o mistério que nos envolve. Deus é tão grande que não o compreendemos (cf. Jó, 36,26). O profeta Isaías deixa registrado: “...vós sois um Deus escondido”(Is 45,15). Este ocultamento é glória para Deus! (cf. Pr 25,2).
Mas se Deus se revelou plenamente em Jesus, como permanece este ocultamento? Ao ponto de São Paulo escrever: “Quem és tu, ó homem, para pedires conta a Deus?” (Rm 9,20). Aqui nos defrontamos com o mais profundo do mistério da Revelação que Deus faz de si mesmo em Jesus Cristo: Deus se revela na fraqueza (cf. 2 Cr 12,7-10). Grande parte da revolta contra Deus, e até mesmo da negação da existência de Deus está no fato de que o modo e o local, no qual Deus quis se revelar não são aceitos, embora sejam conhecidos. O que o mundo julga estulto Deus escolheu para confundir os sábios...etc
A sabedoria de Deus é infinita e se revelou na pobreza do modo e dos meios, com os quais se deu a conhecer: de Belém até a cruz. Não é fácil fazer-se conhecer quando se é Deus, pois, Ele não teria sido amado, mas adulado ou temido somente, se tivesse feito de outro modo.
O mês da Bíblia é um mês para nos recordar que a Palavra de Deus está aí para nos iluminar, a fim de percebermos no dia a dia da vida o quanto Deus continua nos falando. Sobretudo, a ensinar-nos que Deus escreve direito por linhas tortas. E que precisamos nos tornar hábeis na leitura destas linhas tortas. “Conserva-te em silêncio diante de Deus e espera Nele” (Sl 37,7). Esta é a resposta da fé, a única que convém diante da Revelação amorosa que Deus nos faz.
Para adentrar-nos no tesouro da Palavra, estão a nosso dispor tantos instrumentos que neste mês queremos recordar a todos, principalmente a urgência da iniciação à vida cristã e a animação bíblica da vida e da pastoral, propostas pelas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (Doc. 64/CNBB).
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