Presidente foi indagada sobre a razão de não ter documentado o programa.
'O alicerce do meu programa é o meu governo', respondeu candidata.
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou em entrevista neste domingo (28) em um hotel de São Paulo que a modernidade "não é um calhamaço de papel" e que, por isso, o programa para um segundo mandato são "o governo e as propostas".
Dilma foi questionada sobre o motivo de o PT ainda não ter um programa de governo documentado, a exemplo de Marina Silva(PSB) e do que prometeu fazer nesta segunda-feira Aécio Neves (PSDB).
"O alicerce do meu programa é o meu governo [...]. Se tem alguém com proposta sou eu. O documento é o governo e as propostas. A modernidade não é um calhamaço de papel", declarou.
Ela relacionou propostas que já lançou, como a do programa Mais especialidades; a de um modelo de segurança pública integrado, como o utilizado na Copa do Mundo; mais vagas para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tecnico e Emprego (Pronatec) e para o programa Ciência sem Fronteiras; a terceira etapa do programa MInha Casa MInha VIda; e a proposta de combate à corrupção pela qual a prática de caixa 2 passaria a ser crime.
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"Nada meu é teórico. Não vou flexibilizar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] nem que a vaca tussa, nem dar independência ao Banco Central. Sou a favor dos bancos públicos, O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] é atualmente o terceiro maior banco de fomento do mundo, atrás de China e Alemanha. Não vou enfraquecê-lo", afirmou.
A presidente defendeu o programa Mais Médicos, afirmando que foi um programa de emergência necessário para atender a população que não tinha acesso a atendimento. Ela disse que apenas em casos raros as prefeituras não aceitaram estrangeiros, como em Teresina (PI).
"Os brasileiros tinham opção de escolher e não quiseram ir para Teresina. Então, ele não foi atendido. Há de fato mudança de posição de alguns municípios agora, mas conseguimos atender e implementar o projeto de forma pública e aberta."
Dilma afirmou que não terá problemas em atrair estrangeiros para o projeto para complementar o Mais Médicos.
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"Mas acredito que teremos de enfrentar outros problemas. A partir de agora é o Mais Especialidades. Para marcar um consulta ou um exame específico leva muito tempo. Vamos combinar o atendimento público e privado neste caso e a somatória dos dois deve ser preenchida com novos investimentos", afirmou.
Ela também citou planos para incentivar a graduação e especialização em Medicina no Brasil. Até 2017, ela disse pretender criar novas 11,5 mil matrículas em cursos de graduação na área, sendo que cerca de 3 mil já foram criados. Segundo a presidente, o projeto é ampliar a oferta de faculdades e expandir as já existentes.
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