sábado, 20 de setembro de 2014

Dilma diz que Bolsa Família 'vai acabar' se adversários forem eleitos

 Atualizado em 20/09/2014 14h18

Candidata do PT negou que ela cogite extinguir o programa social.

Aécio Neves e Marina Silva prometeram na campanha manter a iniciativa.

Kleber TomazDo G1 SP
Dilma Rousseff concedeu entrevista em SP antes de cumprir agenda eleitoral ao lado do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha (Foto: Kleber Tomaz)Dilma Rousseff concedeu entrevista em SP antes de cumprir agenda eleitoral ao lado do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha (Foto: Kleber Tomaz)
Ao reclamar de supostos boatos de que acabaria com o Bolsa Família caso seja reeleita, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (20), em São Paulo, que o programa de transferência de renda corre o risco de ser extinto se seus adversários vencerem a eleição presidencial em outubro. Segundo Dilma, os oponentes estariam divulgando "boatos falsos" para "enganar" o povo.
"Faltam poucos dias para a eleição. Neste momento, o clima fica um pouco quente e nós sabemos que começa uma série de mentiras e boatos falsos por aí. Para que que eles fazem os boatos falsos? Para conseguir convencer o povo, enganando o povo. Por exemplo, tem uns que dizem que o Bolsa Família, nosso programa mais importante, o programa que nós consideramos o programa mais forte para reduzir a pobreza e a desigualdade, junto com o emprego e junto com o aumento de salário, vai acabar", disse a presidenciável do PT durante agenda eleitoral no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo.
"Ora, vai acabar se eles forem eleitos. Enquanto eu for presidenta da República, garantir emprego, garantir direito trabalhista, garantir salário, eu vou garantir. Quero dizer para vocês que agora isso vai começar a acontecer, mas nós temos uma arma contra as mentiras e os boatos: a verdade", complementou a petista.
Criado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o Bolsa Família beneficiou em setembro, segundo dados do Executivo federal, 13,9 milhões de famílias. Ainda de acordo com o governo, o valor médio da bolsa é de R$ 170.
Em meio à campanha presidencial, o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves, e a presidenciável do PSB, Marina Silva, negaram reiteradamente que cogitem extinguir o Bolsa Família, na hipótese de venceram a corrida eleitoral. Os dois inclusive já utilizaram seu tempo no horário eleitoral para afirmar que darão continuidade à iniciativa de transferência de renda.
Metrô de SP
Além de desmentir a possibilidade de acabar com o Bolsa Família, Dilma usou seu discurso em um palanque montado no Largo 13 de Maio para criticar o metrô do estado de São Paulo. Candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha observou as declarações da antiga chefe acompanhado do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), candidato à reeleição, e do prefeito paulistano Fernando Haddad.
“Eu combinei com o Padilha [se ele for eleito governador] que nós vamos investir como nunca para garantir que tenha transporte público de qualidade aqui em São Paulo, não esse metrô, que vai a passo de tartaruga, mas o metrô que vai correr como corre o metrô em tudo quanto é lugar”, disse a presidenciável do PT.

Dilma, no entanto, não especificou se estava se referindo à necessidade de se construir mais metrôs ou à velocidade dos vagões. Quando discursou, Padilha destacou que uma de suas propostas para o governo paulista é levar o metrô ao Jardim Angela, na zona sul da capital paulista. A petista encerrou o comício descendo do palanque e cumprimentando simpatizantes.

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