O educador pode ser um importante aliado para lidar os problemas enfretados no dia a dia.
Por Patrícia Almada
Repórter DomTotal
"O professor necessita criar para seus alunos parâmetros claros de comportamentos aceitáveis e desenvolver habilidades de monitoramento desses parâmetros". A avaliação sobre as estratégias que o professor deve utilizar em sala de aula para ter uma conivência tranquila com os estudantes é da pedagoga Celina Pires do Rio Oliveira.
A relação e a busca constante por melhorias em sala de aula serão debatidas em Belo Horizonte durante o curso ‘Como Conviver em Sala de Aula’, a ser realizado na Faculdade de Medicina da UFMG, de 20 de setembro a 25 outubro, sempre aos sábados, na parte manhã. As inscrições para o evento vão até a próxima sexta-feira (26) e podem ser feitas pelo site da Fundep. São 50 vagas disponíveis e o valor é de R$ 240.
O evento, que vai reunir estudantes, professores, educadores pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e demais profissionais da área da educação, tem como objetivo oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer, de forma sintética, alguns aspectos teóricos e práticos da análise do comportamento e do funcionamento do cérebro, possibilitando compreensão e discussão de questões importantes relacionadas ao trabalho do educador.
Como o professor deve se comportar
Celina Pires destaca que os professores podem usar diversas estratégias em vários momentos no decorrer da aula. Elas são utilizadas de acordo com a necessidade do educador com determinado problema ou dificuldade que enfrenta.
“Sabemos hoje que a disciplina, mais que qualquer outra coisa, afeta a autoestima de toda equipe escolar e, para isso, nada melhor que começar pelas primícias de estabelecer um relacionamento positivo com os alunos, principalmente com aqueles considerados mais difíceis e trabalhosos. Que se inicie com um simples olhar, um bom dia e interesse pelo aluno”, sugere a pedagoga.
Aliados
O psiquiatra Arthur Melo e Cummer, que também faz parte da equipe do curso, ressalta que aproximadamente 12% das crianças e adolescentes têm algum problema de saúde mental que necessita de cuidados. Ao longo da infância e adolescência, até um terço dessa população pode apresentar algum transtorno e o apoio do professor pode ser fundamental para a superação destes problemas.
“Esses transtornos vão desde quadros que interferem diretamente no processo de aprendizagem como déficit de atenção, transtornos de aprendizagem, deficiência intelectual, transtorno de coordenação motora ou problemas de comportamento de uma forma geral como transtornos ansiosos e do humor, transtorno de conduta, uso de substâncias, bullying. Sendo assim o professor pode ser um importante aliado da família e da equipe de saúde para identificar e lidar com esses problemas”, conta Arthur Cummer.
Bullying
Tema atual, o bullying está na pauta dos trabalhos. A psicóloga, Isabela Maria Pinto Goés, explica que para entender as causas e consequências do bullying é preciso que o professor compreenda o papel da vítima e do agressor, pois ambos precisam de ajuda.
“A escola é o espaço principal de socialização da criança e é nesse ambiente que ela vai aprender as regras sociais, desenvolver suas habilidades sociais e aprender a lidar com conflitos interpessoais. O professor tem um papel fundamental na modelagem desses comportamentos e deve reforçar os comportamentos pró-sociais. Nos casos mais graves é importante um encaminhamento da escola para um profissional especializado”, diz Isabela.
Neurociência
Todos os temas que serão abordados no curso fazem parte da Neurociência. A professora da UFMG e coordenadora do programa NeuroEduca, Leonor Bezerra Guerra, define Neurociência como um termo abrangente que agrupa todas as áreas do conhecimento e têm como foco de estudo o sistema nervoso. Ou seja, constitui o conjunto das diversas áreas do conhecimento que pesquisam o Sistema Nervoso (SN).
A médica afirma que dentre as estruturas do sistema nervoso, o cérebro pode ser considerado um dos órgãos mais importantes e o maior responsável pela aprendizagem. Durante a aprendizagem, educadores, professores e pais, por meio de suas práticas pedagógicas, fornecem estímulos que provocam transformações em circuitos neurais levando ao desenvolvimento e reorganização da estrutura cerebral, cuja função resulta em novos comportamentos e, portanto, aprendizado.
“Saber como o cérebro funciona pode ajudar o educador a ter ideias para ensinar melhor. Estratégias pedagógicas que respeitam a forma como o cérebro funciona, tendem a ser mais eficientes para a aprendizagem e a boa e saudável convivência em sala de aula”, conclui Leonor.
Repórter DomTotal
"O professor necessita criar para seus alunos parâmetros claros de comportamentos aceitáveis e desenvolver habilidades de monitoramento desses parâmetros". A avaliação sobre as estratégias que o professor deve utilizar em sala de aula para ter uma conivência tranquila com os estudantes é da pedagoga Celina Pires do Rio Oliveira.
A relação e a busca constante por melhorias em sala de aula serão debatidas em Belo Horizonte durante o curso ‘Como Conviver em Sala de Aula’, a ser realizado na Faculdade de Medicina da UFMG, de 20 de setembro a 25 outubro, sempre aos sábados, na parte manhã. As inscrições para o evento vão até a próxima sexta-feira (26) e podem ser feitas pelo site da Fundep. São 50 vagas disponíveis e o valor é de R$ 240.
O evento, que vai reunir estudantes, professores, educadores pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e demais profissionais da área da educação, tem como objetivo oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer, de forma sintética, alguns aspectos teóricos e práticos da análise do comportamento e do funcionamento do cérebro, possibilitando compreensão e discussão de questões importantes relacionadas ao trabalho do educador.
Como o professor deve se comportar
Celina Pires destaca que os professores podem usar diversas estratégias em vários momentos no decorrer da aula. Elas são utilizadas de acordo com a necessidade do educador com determinado problema ou dificuldade que enfrenta.
“Sabemos hoje que a disciplina, mais que qualquer outra coisa, afeta a autoestima de toda equipe escolar e, para isso, nada melhor que começar pelas primícias de estabelecer um relacionamento positivo com os alunos, principalmente com aqueles considerados mais difíceis e trabalhosos. Que se inicie com um simples olhar, um bom dia e interesse pelo aluno”, sugere a pedagoga.
Aliados
O psiquiatra Arthur Melo e Cummer, que também faz parte da equipe do curso, ressalta que aproximadamente 12% das crianças e adolescentes têm algum problema de saúde mental que necessita de cuidados. Ao longo da infância e adolescência, até um terço dessa população pode apresentar algum transtorno e o apoio do professor pode ser fundamental para a superação destes problemas.
“Esses transtornos vão desde quadros que interferem diretamente no processo de aprendizagem como déficit de atenção, transtornos de aprendizagem, deficiência intelectual, transtorno de coordenação motora ou problemas de comportamento de uma forma geral como transtornos ansiosos e do humor, transtorno de conduta, uso de substâncias, bullying. Sendo assim o professor pode ser um importante aliado da família e da equipe de saúde para identificar e lidar com esses problemas”, conta Arthur Cummer.
Bullying
Tema atual, o bullying está na pauta dos trabalhos. A psicóloga, Isabela Maria Pinto Goés, explica que para entender as causas e consequências do bullying é preciso que o professor compreenda o papel da vítima e do agressor, pois ambos precisam de ajuda.
“A escola é o espaço principal de socialização da criança e é nesse ambiente que ela vai aprender as regras sociais, desenvolver suas habilidades sociais e aprender a lidar com conflitos interpessoais. O professor tem um papel fundamental na modelagem desses comportamentos e deve reforçar os comportamentos pró-sociais. Nos casos mais graves é importante um encaminhamento da escola para um profissional especializado”, diz Isabela.
Neurociência
Todos os temas que serão abordados no curso fazem parte da Neurociência. A professora da UFMG e coordenadora do programa NeuroEduca, Leonor Bezerra Guerra, define Neurociência como um termo abrangente que agrupa todas as áreas do conhecimento e têm como foco de estudo o sistema nervoso. Ou seja, constitui o conjunto das diversas áreas do conhecimento que pesquisam o Sistema Nervoso (SN).
A médica afirma que dentre as estruturas do sistema nervoso, o cérebro pode ser considerado um dos órgãos mais importantes e o maior responsável pela aprendizagem. Durante a aprendizagem, educadores, professores e pais, por meio de suas práticas pedagógicas, fornecem estímulos que provocam transformações em circuitos neurais levando ao desenvolvimento e reorganização da estrutura cerebral, cuja função resulta em novos comportamentos e, portanto, aprendizado.
“Saber como o cérebro funciona pode ajudar o educador a ter ideias para ensinar melhor. Estratégias pedagógicas que respeitam a forma como o cérebro funciona, tendem a ser mais eficientes para a aprendizagem e a boa e saudável convivência em sala de aula”, conclui Leonor.
Redação DomTotal
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