Produtores têm dificuldades para encontrar mão-de-obra para a colheita.
Há poucos profissionais interessados pela atividade.
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Os agricultores fazem a extração da folha da carnaúba no Ceará. Apesar da redução da produção por causa da seca, os produtores têm dificuldade para conseguir mão-de-obra para realizar o trabalho. A colheita da cultura acontece até dezembro.
São mais de 15 metros de resistência ao semi-árido cearense. Por não precisar de muita água para sobreviver, a carnaúba é facilmente encontrada do Vale do Jaguaribe e é fonte de renda para muitos agricultores da região. Mesmo favorável ao clima nordestino, a produção está sofrendo com a estiagem. “Diminuem a quantidade e o tamanho das palhas. A produção cai 30% nesse período de seca”, diz o produtor Assis Ferreira.
Os produtores também enfrentam o problema da falta de mão-de-obra. No primeiro momento, os vareiros são os responsáveis pela colheita das folhas. Mas há poucos profissionais interessados por esta atividade agrícola. “Os moços estão procurando outros ramos como cerâmica e outras indústrias”, diz o trabalhador rural Pedro de Pontes.
As palhas colhidas são levadas para um espaço onde ocorre a secagem natural e ficam expostas ao sol por cerca de 20 dias, até chegarem ao ponto ideal para a extração do pó usado para fazer a cera da carnaúba. O processo é feito em uma máquina. De um lado, é feita a eliminação da bagana, que é o resto das folhas das árvores. Do outro lado, sai o pó da carnaúba.
O pó precisa ser diluído para se transformar em cera em um processo feito algumas vezes de forma artesanal. O pó fica em caldeiras em temperatura alta, até chegar ao ponto de ser colocado em formas e virar tabletes. Hoje, cerca de 80% da cera vai para fora do Brasil.
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