Francisco aborda tema em encontro com membros da Academia Pontifícia das Ciências
Cidade do Vaticano, 27 out 2014 (Ecclesia) - O Papa Francisco afirmou hoje no Vaticano que os conceitos de evolução e de criação são compatíveis com a fé num Deus criador.
“O Big Bang, que hoje se coloca na origem do mundo, não contradiz a intervenção criadora divina, mas exige-a”, declarou, numa audiência aos membros da Academia Pontifícia das Ciências.
Francisco declarou que o início do universo “não é obra do caos” mas “deriva diretamente de um Princípio supremo que cria por amor”.
“A evolução na natureza não está em contraste com a noção de Criação, porque a evolução pressupõe a criação dos seres que evoluem”, acrescentou.
A Academia Pontifícia das Ciências (Santa Sé) está a analisar, em assembleia plenária, o tema da “evolução do conceito de natureza”.
Francisco rejeitou que o relato bíblico do Génesis implique a imagem de Deus com “uma varinha mágica”, a criar todas as coisas.
“Ele criou os seres e deixou-os desenvolverem-se segundo as leis internas que deu a cada um, para que se desenvolvessem, para que chegassem à sua própria plenitude”, precisou.
A Academia Pontifícia das Ciências, fundada em Roma no ano de 1603 com o nome de Academia dos Linces, é composta por 80 investigadores nomeados vitaliciamente pelo Papa, a partir da proposta do corpo académico.
De acordo com os estatutos, os candidatos a um lugar na Academia são escolhidos com base na relevância dos seus estudos científicos e da sua reconhecida estatura moral, sem qualquer discriminação ética ou religiosa.
Os atuais moldes da instituição foram definidos em 1936 pelo Papa Pio XI.
OC
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