16/10/2014 | domtotal.com
A chave fundamental é superar a tentação de 'possuir' o outro e abrir-se ao amor verdadeiro.
Por Juan Ávila Estrada
O que acontece no coração humano quando, em um momento de ira ou incompreensão entre o casal, se dá a agressão física, ou até mesmo a morte de uma das pessoas? O que levou a violência àqueles lugares onde o amor e o respeito deveriam ser o pilar de cada relação familiar?
A violência costumeira de quem está convencido de que tudo se acerta por meio de agressões desmembrou famílias inteiras, trazendo apenas abismos e ódio recíproco. Isso pode ser fruto da mentalidade daqueles que iniciam a construir reações, muitas vezes desde o namoro, onde não se entende o amor como doação, mas como posse doentia.
É como se descesse sobre a família uma nuvem de destruição que busca, mediante a agressão, dividir a possibilidade de diálogo e de acordo entre os pais, filhos e os cônjuges. Não podemos desconhecer que a esperança dos sábios não se gera somente na possibilidade de exprimir aquilo que se sente e se quer, mas também no escutar aquilo que o outro leva no coração.
Em geral, as alternativas de diálogo se baseiam sobre aquilo que se quer e não sobre aquilo que a outra pessoa deseja. Mas quando a palavra não tem o efeito desejado, sobretudo quando se espera que a nossa seja a última, diante da sensação de impotência, a agressividade se torna a resposta recorrente daqueles os quais falta a imaginação e que pensam que desta maneira podem se fazer escutar ou obedecer.
Você grita comigo, eu grito com você, e assim quem levanta mais a voz acreditar poder vencer o outro. Falta-nos a capacidade para resolver os conflitos familiares; os membros da nossa família se tornaram saco de pancadas que agredimos constantemente, acreditando que as ligações de sangue sejam suficientemente fortes para tudo permitir e perdoar.
Existem exercícios em família que deveriam ser realizados frequentemente para se tornarem hábitos na solução dos conflitos. Não precisaria esperar para encontra uma solução de emergência para buscar agir desesperadamente e resolver aquilo que em geral foge das mãos. Vejamos alguns exemplos:
1. Avaliar com regularidade a vida familiar. Isto implica no fato de pensar quem são os membros da família e o que querem de cada um e de todos. Não se limite a perguntar coisas relativas à escola e ao trabalho, a falar do clima e da economia. É fundamental exprimir o amor e crescer no amor.
2. Propor de maneira pessoal a crescer naquilo que cada um quer de si mesmo, ajudar e exortar os outros. Contar ao outro os sonhos mantidos no coração.
3. Não pressupor que a outra pessoa deva saber o que acontece e o que se sente. Na família não existem adivinhos. Expresse oportunamente o desconforto do momento.
4. Ter como princípio fundamental o fato de não ir para a cama bravo(a).
5. Relembrar que “as palavras não são levadas pelo vento”, porque alcançam sempre o seu objetivo. Quem as pronuncia deve saber que a palavra nunca volta vazia.
6. Quando aflora a ira, serve a calma. A ira permite fazer e dizer aquilo que a sensatez e a paz nunca permitiriam. Fora disso é fundamental reconhecer que a violência destrói qualquer vida. Existem estradas difíceis de percorrer, sobretudo quando as pedras no caminho fazem tropeçar. Quando o amor é ferido, deve prevalecer o respeito. É mais fácil curar um amor agredido que um respeito partido. O amor não dá posse, mesmo se gera um sentimento parecido.
Se os pais pararem de ver os próprios filhos como “alguma coisa” que pertence a eles, se os namorados compreenderem a construção da própria vida como uma oportunidade para “ser com o outro”, se os esposos pararem de pensar que um sacramento ou um vínculo civil é uma fatura que dá direitos de exclusividade de “uso” e posse de um bem, geraremos relações mais sadias, nas quais se olhará a outra pessoa como alguém de igual dignidade e que merece e tem necessidade de todo cuidado e respeito que cada um busca.
Somos seres em construção, em contínuo crescimento e desenvolvimento, e temos necessidade de estar sempre abertos ao projeto divino. Se em um certo momento você não sabe dizer algo de bom, não diga aquilo que pode ferir. Se não existem palavras gentis, dê um abraço oportuno, que dê segurança e confiança, que recupere a paz e cure o amor ferido. Somos seres feitos para o amor; foi o pecado que nos ensinou a nos olharmos com olhos agressivos, mas com a família e na família podemos estar salvos.
O que acontece no coração humano quando, em um momento de ira ou incompreensão entre o casal, se dá a agressão física, ou até mesmo a morte de uma das pessoas? O que levou a violência àqueles lugares onde o amor e o respeito deveriam ser o pilar de cada relação familiar?
A violência costumeira de quem está convencido de que tudo se acerta por meio de agressões desmembrou famílias inteiras, trazendo apenas abismos e ódio recíproco. Isso pode ser fruto da mentalidade daqueles que iniciam a construir reações, muitas vezes desde o namoro, onde não se entende o amor como doação, mas como posse doentia.
É como se descesse sobre a família uma nuvem de destruição que busca, mediante a agressão, dividir a possibilidade de diálogo e de acordo entre os pais, filhos e os cônjuges. Não podemos desconhecer que a esperança dos sábios não se gera somente na possibilidade de exprimir aquilo que se sente e se quer, mas também no escutar aquilo que o outro leva no coração.
Em geral, as alternativas de diálogo se baseiam sobre aquilo que se quer e não sobre aquilo que a outra pessoa deseja. Mas quando a palavra não tem o efeito desejado, sobretudo quando se espera que a nossa seja a última, diante da sensação de impotência, a agressividade se torna a resposta recorrente daqueles os quais falta a imaginação e que pensam que desta maneira podem se fazer escutar ou obedecer.
Você grita comigo, eu grito com você, e assim quem levanta mais a voz acreditar poder vencer o outro. Falta-nos a capacidade para resolver os conflitos familiares; os membros da nossa família se tornaram saco de pancadas que agredimos constantemente, acreditando que as ligações de sangue sejam suficientemente fortes para tudo permitir e perdoar.
Existem exercícios em família que deveriam ser realizados frequentemente para se tornarem hábitos na solução dos conflitos. Não precisaria esperar para encontra uma solução de emergência para buscar agir desesperadamente e resolver aquilo que em geral foge das mãos. Vejamos alguns exemplos:
1. Avaliar com regularidade a vida familiar. Isto implica no fato de pensar quem são os membros da família e o que querem de cada um e de todos. Não se limite a perguntar coisas relativas à escola e ao trabalho, a falar do clima e da economia. É fundamental exprimir o amor e crescer no amor.
2. Propor de maneira pessoal a crescer naquilo que cada um quer de si mesmo, ajudar e exortar os outros. Contar ao outro os sonhos mantidos no coração.
3. Não pressupor que a outra pessoa deva saber o que acontece e o que se sente. Na família não existem adivinhos. Expresse oportunamente o desconforto do momento.
4. Ter como princípio fundamental o fato de não ir para a cama bravo(a).
5. Relembrar que “as palavras não são levadas pelo vento”, porque alcançam sempre o seu objetivo. Quem as pronuncia deve saber que a palavra nunca volta vazia.
6. Quando aflora a ira, serve a calma. A ira permite fazer e dizer aquilo que a sensatez e a paz nunca permitiriam. Fora disso é fundamental reconhecer que a violência destrói qualquer vida. Existem estradas difíceis de percorrer, sobretudo quando as pedras no caminho fazem tropeçar. Quando o amor é ferido, deve prevalecer o respeito. É mais fácil curar um amor agredido que um respeito partido. O amor não dá posse, mesmo se gera um sentimento parecido.
Se os pais pararem de ver os próprios filhos como “alguma coisa” que pertence a eles, se os namorados compreenderem a construção da própria vida como uma oportunidade para “ser com o outro”, se os esposos pararem de pensar que um sacramento ou um vínculo civil é uma fatura que dá direitos de exclusividade de “uso” e posse de um bem, geraremos relações mais sadias, nas quais se olhará a outra pessoa como alguém de igual dignidade e que merece e tem necessidade de todo cuidado e respeito que cada um busca.
Somos seres em construção, em contínuo crescimento e desenvolvimento, e temos necessidade de estar sempre abertos ao projeto divino. Se em um certo momento você não sabe dizer algo de bom, não diga aquilo que pode ferir. Se não existem palavras gentis, dê um abraço oportuno, que dê segurança e confiança, que recupere a paz e cure o amor ferido. Somos seres feitos para o amor; foi o pecado que nos ensinou a nos olharmos com olhos agressivos, mas com a família e na família podemos estar salvos.
SIR/Aleteia
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