Pesquisa da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF) revela que distúrbios do sono de moradores do bairro Pinheiros, na capital paulista, podem estar relacionados à poluição sonora decorrente do tráfego intenso de veículos nas redondezas. Os números da pesquisa serão apresentados no 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, em Joinville (SC), de 8 a 11 deste mês.
O Mapeamento do Ruído Urbano e Seus Efeitos à Saúde da População, feito entre julho de 2013 e julho último, apontou que 75,6% dos entrevistados, moradores na região, consideram o próprio sono regular ou ruim, e 41,3% deles às vezes têm dificuldade para adormecer, enquanto 49,8% às vezes acordam durante a noite.
Nas áreas expostas ao tráfego rodoviário pesquisadas - Marginal Pinheiros, Avenida Rebouças, Rua Heitor Penteado, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Rua Henrique Schaumann - os níveis de ruídos podem chegar a 85 decibéis (dB) - nível que torna o ambiente insalubre para o trabalho, de acordo com a legislação.
Os níveis de barulho de todas as áreas avaliadas são maiores que os limites estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, que são 55 dB durante o dia e 50 dB à noite. Comparativamente, ruídos entre 50 dB e 55 dB equivalem a conviver diuturnamente em ambiente de escritório com máquinas de escrever.
A autora da pesquisa, fonoaudióloga Karina Mary Paiva, da SBF, diz que nem sempre as pessoas percebem os danos que os ruídos podem causar à saúde. “Mesmo que o ruído não incomode, temos uma alteração no organismo quando estamos expostos a ele. Muitas vezes as pessoas não associam, mas acordar durante a noite e tomar remédio para dormir pode estar relacionado a um excesso de ruídos”, ressalta.
Segundo a especialista, existem estudos na Europa que relacionam os ruídos causados pelo tráfego à maior incidência de hipertensão e infarto, e adianta que o mapeamento feito por ela, em São Paulo, é obrigatório em cidades europeias com mais de 195 mil habitantes, para que as autoridades possam planejar ações no sentido de diminuir a poluição sonora.
A pesquisa mostra ainda que 49,8% dos entrevistados se sentem incomodados ao exercerem atividades cotidianas como assistir à televisão, descansar, conversar e fazer tarefas que exijam concentração.
Foram avaliados 75 pontos, contabilizando 20 horas de medição. Em todos os pontos, os níveis de ruído ultrapassaram os limites de 55 dB. Para o estudo ainda foram feitas 225 entrevistas domiciliares. Segundo Karina, um dos motivos para a escolha do bairro foi a presença de residências, mesmo o bairro sendo comercial e de trânsito intenso.
O Mapeamento do Ruído Urbano e Seus Efeitos à Saúde da População, feito entre julho de 2013 e julho último, apontou que 75,6% dos entrevistados, moradores na região, consideram o próprio sono regular ou ruim, e 41,3% deles às vezes têm dificuldade para adormecer, enquanto 49,8% às vezes acordam durante a noite.
Nas áreas expostas ao tráfego rodoviário pesquisadas - Marginal Pinheiros, Avenida Rebouças, Rua Heitor Penteado, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Rua Henrique Schaumann - os níveis de ruídos podem chegar a 85 decibéis (dB) - nível que torna o ambiente insalubre para o trabalho, de acordo com a legislação.
Os níveis de barulho de todas as áreas avaliadas são maiores que os limites estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, que são 55 dB durante o dia e 50 dB à noite. Comparativamente, ruídos entre 50 dB e 55 dB equivalem a conviver diuturnamente em ambiente de escritório com máquinas de escrever.
A autora da pesquisa, fonoaudióloga Karina Mary Paiva, da SBF, diz que nem sempre as pessoas percebem os danos que os ruídos podem causar à saúde. “Mesmo que o ruído não incomode, temos uma alteração no organismo quando estamos expostos a ele. Muitas vezes as pessoas não associam, mas acordar durante a noite e tomar remédio para dormir pode estar relacionado a um excesso de ruídos”, ressalta.
Segundo a especialista, existem estudos na Europa que relacionam os ruídos causados pelo tráfego à maior incidência de hipertensão e infarto, e adianta que o mapeamento feito por ela, em São Paulo, é obrigatório em cidades europeias com mais de 195 mil habitantes, para que as autoridades possam planejar ações no sentido de diminuir a poluição sonora.
A pesquisa mostra ainda que 49,8% dos entrevistados se sentem incomodados ao exercerem atividades cotidianas como assistir à televisão, descansar, conversar e fazer tarefas que exijam concentração.
Foram avaliados 75 pontos, contabilizando 20 horas de medição. Em todos os pontos, os níveis de ruído ultrapassaram os limites de 55 dB. Para o estudo ainda foram feitas 225 entrevistas domiciliares. Segundo Karina, um dos motivos para a escolha do bairro foi a presença de residências, mesmo o bairro sendo comercial e de trânsito intenso.
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