Nobel da Paz foi para a jovem paquistanesa e o indiano Kailash Satyarthi.
Cerimônia de entrega será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro.
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A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos e que recebeu o Nobel da Paz nesta sexta-feira (10), declarou estar honrada por ser a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio e o dedicou às crianças que não têm voz.
Ela sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos talibãs em 2012 por sua militância a favor da educação das meninasem sua região natal do noroeste do Paquistão.
Malala dividiu o prêmio com o indiano Kailash Satyarthi, que faz campanha contra o trabalho infantil e a organiza numerosas formas de protesto pacífico contra a exploração de crianças para ganho financeiro. A jovem foi premiada "por sua luta contra a supressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".
"Este prêmio é para todas as crianças que não têm voz, cujas vozes precisam ser ouvidas", disse a jovem Malala em uma coletiva de imprensa em Birmingham, onde ela estuda.
Ela disse que estava na aula de química quando uma professora a chamou para contar a novidade, e que se sente honrada e encorajada.
Ela disse que estava na aula de química quando uma professora a chamou para contar a novidade, e que se sente honrada e encorajada.
Malala também convidou os primeiros-ministros de Paquistão e Índia, dois países com relações tensas, a assistir à entrega do Nobel da Paz.
"Pedi para o honorário primeiro-ministro Narendra Modi e o honorável primeiro-ministro Nawaz Sharif se juntarem a nós" na cerimônia de entrega do prêmio, declarou a jovem, que recentemente foi premiada por diversas organizações, como o respeitado Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, do Parlamento Europeu.
A cerimônia será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro.
A cerimônia será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro.
Já o indiano Kailash Satyarthi dedicou o prêmio às crianças vítimas da escravidão, prometendo “unir as mãos” com a ativista paquistanesa, num momento em que Índia e Paquistão voltam a se enfrentar pelo território da Caxemira.
O presidente americano Barack Obama felicitou Malala, elogiando a "paixão e determinação" da jovem em sua luta pelo direito das meninas à educação em seu país.
O presidente americano Barack Obama felicitou Malala, elogiando a "paixão e determinação" da jovem em sua luta pelo direito das meninas à educação em seu país.
"Quando os talibãs tentaram silenciá-la, Malala respondeu à brutalidade com firmeza e decisão", disse Obama em um comunicado, destacando ter ficado "impressionado com a sua coragem" ao conhecê-la em seu gabinete no ano passado.
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