Benjamin C. Bradlee tinha 93 anos e morreu de causas naturais.
Na sua gestão, 'Washington Post' ganhou 17 Pulitzer e virou modelo.
Benjamin C. Bradlee, editor do jornal “The Washington Post” durante 26 anos, morreu nesta terça-feira (21) em sua casa em Washington, de causas naturais. Considerado o responsável pela transformação da publicação em uma das mais importantes e respeitadas do mundo, ele tinha 93 anos.
Bradlee era responsável pelo jornal durante a cobertura do escândalo Watergate, que culminou na renúncia do então presidente dos EUA, Richard Nixon. Antes disso, ele já havia entrado em conflito com o mesmo político ao publicar matérias baseadas em documentos secretos do Pentágono sobre a Guerra do Vietnã.
Benjamin C. Bradlee assumiu o “Washington Post” em 1965 e desde então procurou criar um modelo diferente dos jornais tradicionais da época. Primeiro como editor e depois como editor executivo, ele distribuiu correspondentes em diversos países, espalhou redações em todos os Estados Unidos e criou diversas novas seções e editorias.
Bradlee era responsável pelo jornal durante a cobertura do escândalo Watergate, que culminou na renúncia do então presidente dos EUA, Richard Nixon. Antes disso, ele já havia entrado em conflito com o mesmo político ao publicar matérias baseadas em documentos secretos do Pentágono sobre a Guerra do Vietnã.
Benjamin C. Bradlee assumiu o “Washington Post” em 1965 e desde então procurou criar um modelo diferente dos jornais tradicionais da época. Primeiro como editor e depois como editor executivo, ele distribuiu correspondentes em diversos países, espalhou redações em todos os Estados Unidos e criou diversas novas seções e editorias.
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Em sua gestão, que durou até 1991, o jornal conquistou 17 prêmios Pulitzer. Fundado em 1877, ele tinha conseguido apenas 4 prêmios semelhantes em toda sua história anterior. Além disso, logo em seus primeiros anos como editor, Bradlee viu as vendas do “The Washington post” mais do que dobrarem.
Bradlee foi interpretado por Jason Robarts em “Todos os homens do presidente”, filme de 1976 que rendeu um Oscar ao ator e contou o desenrolar do Watergate pelas reportagens de Bob Woodward e Carl Bernstein. Ele foi um dos poucos a conhecer desde cedo a identidade da fonte apelidada de “Garganta profunda”, revelada apenas em 2005 como sendo o oficial do FBI W. Mark Felt.
A imagem do editor se tornou ainda mais popular em 1978, quando ele transformou a estrela pornô Sally Quinn em sua terceira esposa.
Em novembro de 2013, aos 92 anos, Bradlee foi condecorado por Barack Obama na Casa Branca, recebendo a Medalha Presidencial da Liberdade. Em seu discurso na ocasião, o presidente o saudou por trazer intensidade e dedicação ao jornalismo que serviam como lembrete de que “nossa liberdade como nação se apoia em nossa liberdade de imprensa”.
Em setembro deste ano, Quinn revelou que o marido sofria de Alzheimer havia alguns anos. Ainda assim, ela disse que ele “nunca foi deprimido um único dia em sua vida”.
Bradlee teve quatro filhos em seus três casamentos: Benjamin C. Jr., Dino, Marina e Quinn.
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