quarta-feira, 15 de outubro de 2014

OE 2015: Igreja Católica sublinha necessidade de medidas que protejam «aqueles que mais sofrem»


Agência Ecclesia
 
Reunião para apresentação das linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2015 (Lusa)
Reunião para apresentação das linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2015 (Lusa)

Governo apresenta hoje estratégia económica para o próximo ano

Fátima, Santarém, 15 out 2014 (Ecclesia) – O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse esperar que o Orçamento de Estado para 2015, que vai ser apresentado hoje pelo Governo, tenha em consideração as pessoas mais afetadas pela crise.
No final da reunião do Conselho Permanente da CEP, que decorreu esta terça-feira em Fátima, o padre Manuel Barbosa deu voz à esperança da Igreja Católica por medidas que tenham em conta “todas as situações e aqueles que mais sofrem”.
Em relação às famílias, o sacerdote sublinhou a necessidade desta ser “mais protegida em termos de legislação, nas questões fiscais, profissionais e sociais”.
O Governo liderado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho apresenta hoje o seu quarto Orçamento de Estado, o primeiro sem a presença da ‘troika’.
Recentemente, a comissão de reforma do IRS apresentou ao Governo uma proposta que permitirá às famílias com filhos obterem uma redução no IRS, neste caso de 0,3 por cento por cada filho.
A medida, que se for aprovada entrará também em vigor em 2015, abrange ainda ascendentes em situação de dependência.
Para o padre Manuel Barbosa, este caminho abre uma porta de esperança, já que “apoiar a família não vai com princípios abstratos, tem de ir com ações legislativas e leis concretas”.
A respeito do Orçamento de Estado 2015, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, disse à Agência ECCLESIA que gostaria que o Governo tivesse uma visão mais “personalista”, que reconheça “a pessoa, a sua dignidade”.
O arcebispo de Braga sustenta uma maior “dimensão social” na defesa dos mais pobres e carenciados, na educação, onde é “absolutamente necessária uma transformação de critérios”, e da família, em concreto nos dois extremos, “a natalidade que precisa de ser apoiada e a terceira idade”.
JCP/CB/OC

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