Gonzaga Mota*
Define-se taxa de câmbio como o preço da moeda estrangeira em termos de moeda nacional.
Assim, por exemplo, atualmente no Brasil, o preço do dólar gira em torno de R$ 2,40; significando que o exportador brasileiro ao vender bens equivalentes a US$ 1.000,00 no mercado exterior, deveria receber internamente R$ 2.400,00; ou então, o importador, ao desejar comprar um produto fora do País por US$ 1.000,00, necessitaria dispor de R$ 2.400,00.
Diz-se que, por trás da demanda de divisas, está o fluxo representativo da saída de recursos para o exterior, tais como: importação de bens e serviços, pagamentos financeiros, empréstimos concedidos e amortizações pagas. Por trás da oferta de divisas tem-se o fluxo referente à entrada de recursos provenientes da exportação de bens e serviços, recebimentos financeiros, empréstimos obtidos e amortizações recebidas. Observa-se, por outro lado, que a balança comercial e as transações correntes do Brasil não estão apresentando resultados satisfatórios. A situação pode ser agravada, dentre outros fatores, pela elevação da taxa de juros nos EE.UU, pela crise argentina e pelo arrefecimento das importações chinesas.
Pode-se, dessa forma, caminhar para uma crise cambial indesejável e de difícil superação.
Dentro deste quadro de referência, os formuladores da política econômica brasileira, nos próximos anos, deveriam buscar três diretrizes macroeconômicas fundamentais: a) a meta central de inflação (4,5% ao ano); b) o equilíbrio fiscal, preservando e ampliando a inclusão social; e c) o câmbio flutuante.
*Integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará
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