sábado, 11 de outubro de 2014

Roma: referência para os cristãos perseguidos

11/10/2014  |  domtotal.com

Londres, 11 out (SIR) – A Igreja Católica tem potencialmente “um grande futuro e uma grande oportunidade” na ordem mundial emergente: está se tornando a voz dos cristãos perseguidos no mundo. A afirmação do Bispo anglicano de origem paquistanesa, Dom Michael Nazir-Ali, foi reportada num comunicado de imprensa divulgado no site do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, a ordem constituída por Bento XVI para acolher os anglicanos em comunhão com o catolicismo.
Dom Nazir-Ali é Presidente do ‘Oxford Centre of Training, Research, Advocacy and Dialogue’ e suas declarações foram focadas na crescente importância da Igreja Católica para o futuro do cristianismo, ameaçado pelo secularismo e pelo fundamentalismo islâmico.
O Bispo anglicano explicou que, por causa das crescentes perseguições no mundo, muitos cristãos pensam encontrar na Igreja romana uma voz que os possa defender. Entre estes, estariam também muitos evangélicos, que nunca no passado, poderiam pensar em dirigir-se a Roma. “Hoje – disse Dom Nazir-Ali – a Igreja Católica tem uma grande oportunidade e também uma grande responsabilidade” e tudo depende de como Roma se fará valer de sua posição e como irá ao encontro das outras confissões cristãs no mundo. Falando sobre o tema do ecumenismo, disse que “A Igreja não deve capitular diante da cultura e nem deve destruir nenhuma cultura. Deve antes, seguir a linha do Papa Bento XVI. Segundo ele, o papel da Igreja é o de permitir à cultura de encontrar o seu verdadeiro centro de gravidade”.
Nazir-Ali nasceu em uma família em parte cristã e em parte muçulmana. Como conhecedor do Islã, a sua ideia sobre o Estado Islâmico é clara e divergente em relação à linha adotada por algumas igrejas cristãs. Primeiro, é necessário negar a ideia de que o extremismo possa ser explicado exclusivamente por fatores sociais e econômicos. “Isto negligencia a natureza da agenda de militantes”, disse Nazir. Segundo, é falso afirmar que “um Estado verdadeiramente islâmico não perseguiria os cristãos”. Estas opiniões, segundo o Bispo anglicano, representariam “uma versão romanceada da militância islâmica”.
SIR

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