15/11/2014 | domtotal.com
Segundo pesquisa, 84% dos mais escolarizados acreditam que é fácil burlar as leis brasileiras.
O Índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), divulgado como parte da 8ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostrou que 81% dos entrevistados acreditam ser fácil desobedecer às leis brasileiras e também ser possível "dar um jeitinho" para escapar de punições.
Segundo a pesquisa, "a grande maioria dos brasileiros entende que a lei pode ser facilmente ignorada e que esse comportamento é generalizado". O levantamento não verificou se essas mesmas pessoas usam o ‘jeitinho’ ou desrespeitam as leis, mediu apenas a crença predominante na sociedade a respeito do tema.
"Esses dados reforçam o senso comum de que no Brasil 'as leis ficam apenas no papel', contribuindo para a disseminação de uma cultura de desrespeito à lei", diz o estudo.
O levantamento, feito pela Fundação Getúlio Vargas com 7.176 pessoas em oito Estados, mostra que a percepção de que, com o jeitinho, é possível driblar leis é mais comum entre os mais escolarizados e com renda mais elevada. São Paulo e Rio de Janeiro são os dois Estados em que a crença de que é fácil desobecer às leis é mais disseminada.
Entre os entrevistados com baixa escolaridade, 76% acreditam ser fácil desobedecer às leis. O percentual é de 84% entre os mais escolarizados.
A percepção de que sempre é possível "dar um jeitinho" cresce de acordo com a renda do entrevistado, abrangendo 69% dos entrevistados com rendimento de até um salário mínimo, 79% com rendimento de um a quatro salários mínimos, 82% dos com rendimentos entre quatro e oito salários mínimos, chegando a 86% dos com rendimento superior a oito salários mínimos.
"Quanto mais recursos e informações uma pessoa possui, e quanto menor a vulnerabilidade econômica e social a que ela está sujeita, mais ela parece concordar com a facilidade de desrespeitar as leis no país", diz o documento.
O estudo compara o que chama de 'cultura de desrespeito à lei' ao conceito usado por Mauricio Garcia-Villegas, ao interpretar a herança da colonização portuguesa e espanhola na América Latina, em que 'burlar a norma não é visto ou sentido como algo moral ou socialmente reprovável'.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública acompanha diversas estatísticas relacionadas à violência no Brasil como total de assassinatos, estupros, roubos de carros entre outros crimes.
Na conclusão geral, o documento diz ser possível, com as políticas certas e menos morosidade da Justiça, reduzir o número de assassinatos no País em até 70%.
Segundo a pesquisa, "a grande maioria dos brasileiros entende que a lei pode ser facilmente ignorada e que esse comportamento é generalizado". O levantamento não verificou se essas mesmas pessoas usam o ‘jeitinho’ ou desrespeitam as leis, mediu apenas a crença predominante na sociedade a respeito do tema.
"Esses dados reforçam o senso comum de que no Brasil 'as leis ficam apenas no papel', contribuindo para a disseminação de uma cultura de desrespeito à lei", diz o estudo.
O levantamento, feito pela Fundação Getúlio Vargas com 7.176 pessoas em oito Estados, mostra que a percepção de que, com o jeitinho, é possível driblar leis é mais comum entre os mais escolarizados e com renda mais elevada. São Paulo e Rio de Janeiro são os dois Estados em que a crença de que é fácil desobecer às leis é mais disseminada.
Entre os entrevistados com baixa escolaridade, 76% acreditam ser fácil desobedecer às leis. O percentual é de 84% entre os mais escolarizados.
A percepção de que sempre é possível "dar um jeitinho" cresce de acordo com a renda do entrevistado, abrangendo 69% dos entrevistados com rendimento de até um salário mínimo, 79% com rendimento de um a quatro salários mínimos, 82% dos com rendimentos entre quatro e oito salários mínimos, chegando a 86% dos com rendimento superior a oito salários mínimos.
"Quanto mais recursos e informações uma pessoa possui, e quanto menor a vulnerabilidade econômica e social a que ela está sujeita, mais ela parece concordar com a facilidade de desrespeitar as leis no país", diz o documento.
O estudo compara o que chama de 'cultura de desrespeito à lei' ao conceito usado por Mauricio Garcia-Villegas, ao interpretar a herança da colonização portuguesa e espanhola na América Latina, em que 'burlar a norma não é visto ou sentido como algo moral ou socialmente reprovável'.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública acompanha diversas estatísticas relacionadas à violência no Brasil como total de assassinatos, estupros, roubos de carros entre outros crimes.
Na conclusão geral, o documento diz ser possível, com as políticas certas e menos morosidade da Justiça, reduzir o número de assassinatos no País em até 70%.
BBC Brasil, 11-11-2014.
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