Quatro pessoas foram mortas; agressores foram mortos pela polícia.
Grupo palestino Hamas comemorou o ataque.
Pelo menos quatro israelenses morreram depois que dois homens supostamente de origem palestina invadiram uma sinagoga no bairro ultraortodoxo judaico de Har Nof, em Jerusalém Ocidental, com facas e machados, nesta terça-feira (18).
Ao atacarem as vítimas, os dois suspeitos foram baleados por policiais e morreram.
"Dois terroristas entraram na sinagoga do bairro de Har Nof. Atacaram com machados, facas e uma pistola. Quatro fiéis morreram. Os policiais que chegaram ao local abriram fogo e mataram os dois terroristas", disse a porta-voz da polícia, Luba Samri. Segundo ela, criminosos eram palestinos de Jerusalém Oriental.
O serviço de emergência de Israel disse que pelo menos oito pessoas foram gravemente feridas.
As quatro vítimas eram homens israelenses com dupla cidadania - um deles tinha nacionalidade britânica, o que foi confirmado pelo governo do Reino Unido, e os demais tinham nacionalidade americana, informou a France Presse com base na polícia local.
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Segundo a agência Reuters, é o mais mortal ataque na cidade em seis anos.
Na semana passada, palestinos também fizeram um ataque com facas e mataram uma mulher e um soldado israelense.
A Frente Popular para a Libertação Palestina (FPLP) disse ter realizado o ataque.
“Declaramos total responsabilidade da FPLP pela execução desta heróica operação conduzida por nossos heróis nesta manhã em Jerusalém”, disse Hani Thawbta, um líder do movimento em Gaza.
Segundo a agência Reuters, o grupo palestino Hamas comemorou o ataque. O porta-voz do grupo Sami Abu Zuhri disse "O Hamas abençoa a operação heroica em Jerusalém e a considera uma reação natural à execução do mártir Youssef Al-Ramouni e aos incessantes crimes cometidos pela ocupação israelense da mesquita Al-Aqsa. O Hamas conclama pela continuação das operações de vingança e reafirma que a ocupação israelense é responsável pelas tensões em Jerusalém por causa dos crimes corriqueiros cometidos pelos colonos."
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que responderá com "pulso firme". O ministro israelense de Segurança Pública, Yitzhak Aharonovitch, disse que o país vai facilitar os controles sobre porte de armas para garantir a autodefesa em função do violento ataque. "Nas próximas horas, aliviarei as restrições sobre o porte de armas", afirmou à rádio pública.
A União Europeia pediu calma a Israel.
Ação palestina
Netanyahu afirmou que o ataque é o "resultado direto" da incitação feita pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, e pelo grupo Hamas. "Isto é o resultado direto da incitação [...] que a comunidade internacional ignora de maneira irresponsável", afirmou Netanyahu em um comunicado.
Netanyahu afirmou que o ataque é o "resultado direto" da incitação feita pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, e pelo grupo Hamas. "Isto é o resultado direto da incitação [...] que a comunidade internacional ignora de maneira irresponsável", afirmou Netanyahu em um comunicado.
Abbas condenou o ataque depois das violentas críticas do governo israelense. Em um comunicado, Abbas condena "a morte de fiéis que oravam em uma sinagoga", assim como "a morte de civis independente do lado".
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, descreveu o ataque como um ato de “puro terror”, e sua porta-voz disse que ele telefonou para Netanyahu para oferecer suas condolências.
O Escritório do alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos alertou Israel de qualquer resposta precisa respeitar a lei internacional. O porta-voz do Escritório, Rupert Colville, pediu às autoridades israelenses que "se contenham, que não realizem atos punitivos coletivos, como demolir casas, e que levem em conta as possíveis consequências inflamatórias de seus atos".
Os palestinos consideram uma provocação as visitas nas últimas semanas de extremistas judeus ao local sagrado da Esplanada das Mesquitas, cenário de tensão nos últimos dias.
A Jihad Islâmica considerou o ataque à sinagoga uma "resposta natural aos crimes do ocupante"
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