quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Vídeo: paulistanos dizem se mantêm economia de água com chuva de volta

12/11/2014 07h18

Nível do Sistema Cantareira não sofre alteração com período chuvoso.

Moradores revelam como têm se adaptado à nova rotina com menos água.

Glauco AraújoDo G1, em São Paulo
 O Sistema Cantareira chegou a respirar aliviado nos cinco primeiros dias de novembro, período de melhor sequência de chuvas desde abril deste ano, mas as precipitações não foram suficientes para elevar o nível dos reservatórios para mais de 11,6%, conforme medição feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na sexta-feira (7). O nível considera a segunda cota do volume morto que ainda não começou a ser captado, segundo a Sabesp.
Este cenário já provoca falta de abastecimento de água em algumas regiões de São Paulo e a reportagem do G1 foi às ruas para saber se a chuva recente fez os paulistanos deixarem de economizar água. Veja no vídeo acima as estratégias adotadas por eles para não ficar sem água em casa.
Tem sugestões para economizar água? Grave um vídeo e mande para o VC no G1.
André Gradoff, empresário (Foto: Glauco Araújo/G1)
Moradores que vivem na Zona Norte de São Paulo relatam situações em que tiveram de mudar a rotina para se adaptar ao corte de abastecimento de água, mesmo que temporário, e como estão encontrando saídas domésticas para a redução do consumo.
Paola, bancária (Foto: Glauco Araújo/G1)
Muitos relataram que estão com medo de ficar sem água e revelaram que estão assustados com a situação. A nova rotina, economizando água mais do que faziam habitualmente, deve ser levada para sempre, até mesmo quando o índice pluviométrico voltar a encher os reservatórios do Sistema Cantareira.
Célio Passos (Foto: Glauco Araújo/G1)
Em outro ponto de São Paulo, a chuva foi motivo de aplausos e é esperada por mais tempo, mesmo que fora de época. A expectativa e a comemoração fazem parte da torcida dos paulistanos para que o fantasma do desabastecimento de água suma de uma vez por todas.
Em Nazaré Paulista (SP), região vizinha à Represa Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira, a água ainda parece ser abundante para alguns moradores, apesar de os níveis dos reservatórios serem cada vez menores.
Para um dos moradores, "sem água e fogo não se faz nada em casa", disse o aposentado Augusto Rodrigues.
Mesma receita e economia
Guardar a água da máquina de lavar roupas parece ser a medida mais comum e emergencial adotada por moradores que estão assustados com a possibilidade de falta d'água ou que já sofreram com o desabastecimento.
Lavar carro e quintal são as situações mais abominadas pelos paulistanos e moradores vizinhos ao Sistema Cantareira.
Descarga no banheiro agora tem de ser calculada durante o dia e o banho cada vez mais rápido e com menos água, o famoso "banho tchaco (sic)", como disse o empresário André Paul Gradoff. Lavar a louça só com a torneira fechada.
"Xícara de açúcar"
O tradicional pedido de xícara de açúcar para o morador ao lado, simbolo da relação cordial entre vizinhos, foi alterado para o pedido de um balde com água. Essa foi a medida adotada pela assistente financeira Larissa de Freitas. "Há um mês fiquei cinco dias sem água e o jeito foi pegar água no vizinho."

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