As descobertas científicas tem como meta básica impulsionar a busca por melhores condições de vida. Neste sentido, o século XX foi espetacular. Vamos voltar no tempo e imaginar o mundo em 1º de janeiro de 1900. Estávamos descobrindo os meios de comunicação, não havia televisão, penicilina, muito menos cirurgias seguras. A mortalidade infantil era indecentemente grande. A expectativa de vida era tímida. As viagens eram longas e os oceanos eram cruzados apenas pelos navios.
Cem anos depois – melhor dizendo, apenas cem anos depois –, chegamos à Lua e temos muito mais que televisão: telefone celular, computador, carros, anestesia, unidades de terapia intensiva sofisticadíssimas, aviões atravessando o mundo, pessoas indo e voltando do espaço, tomografia, ressonância magnética, exames laboratoriais elaborados, o genoma humano exposto... Inúmeras descobertas essenciais para o bem estar humano.
Entramos no século XXI com um acontecimento que também deve ser interpretado como um marco histórico na existência humana: conseguimos acoplar uma sonda em um cometa. Detalhes essenciais: esta sonda saiu da Terra há 10 anos (!!!), viajou pelo espaço, e conseguiu “aterrissar” em um cometa que voa na velocidade de uma bala de fuzil, que tem tão somente 4 km de extensão, a 510 milhões de quilômetros da Terra.
Mais do que isso: chegou a nos mandar informações essenciais para a elucidação das origens da vida. E, ao que tudo indica, há água no cometa. Aguardamos a identificação de sua especificação molecular. Simplesmente fantástico!
Também evoluímos e aprimoramos a capacidade física. As Olimpíadas estão aí para provar que conseguimos correr e nadar mais rápido e pular mais alto, por exemplo. Mas se observarmos atentamente, veremos que estamos precisando, cada vez mais, aumentar casas decimais nos números para determinar a quebra de um recorde. A capacidade física, definitivamente, tem limites.
No entanto, a capacidade intelectual humana é incondicionalmente ilimitada. As artes e a ciência nos mostram isso a cada dia que passa – e avança. Não há limites para as ideias, para o livre pensar.
Por isso, investir na educação, começando na primeira infância, é absolutamente essencial para garantir a possibilidade de evolução da humanidade. Muito já se pensou e muito já se fez. Dá para imaginar o que ainda está por vir?
*Fotos: Wikimedia Commons/ ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA
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