16/12/2014 | domtotal.com
Estudo prevê que lagos vão se tornar duas vezes mais comuns nos próximos 50 anos do que são hoje.
Miami - Um planeta mais quente tornará mais comum a formação de lagos no interior da Groenlândia, provocando um degelo mais imediato e uma elevação do nível do mar mais rápida do que se pensava anteriormente, afirmaram cientistas nesta segunda-feira.
As descobertas, publicadas na edição desta segunda-feira da revista Nature Climate Change, preveem que os lagos vão se tornar duas vezes mais comuns nos próximos 50 anos do que são hoje e, ao se mover de regiões costeiras para o interior, podem ter um enorme impacto na forma como o manto de gelo derrete.
Estes corpos hídricos, conhecidos como lagos supraglaciais, ficam sobre o gelo e são mais escuros que outras áreas, atraindo mais luz solar e drenando água, facilitando o degelo ao seu redor.
"Os lagos supraglaciais podem aumentar a velocidade com que os mantos de gelo derretem e fluem e nosso estudo mostra que em 2060 a área da Groenlândia coberta por eles dobrará", afirmou a principal autora do estudo, Amber Leeson, da Escola de Terra e Meio Ambiente da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.
"Quando o manto de gelo é mais fino, isto ocorre em uma elevação sutilmente menor e às custas de temperaturas do ar mais elevadas do que seria se fosse mais espesso, aumentando o tamanho da área de degelo em torno da borda do manto de gelo", prosseguiu.
Quando os lagos crescem o suficiente, eles começam a drenar água pelas fraturas no gelo, tornando todo o manto mais escorregadio e propenso a derreter mais rapidamente.
Os cientistas nunca tinham simulado antes o comportamento destes lagos, que já estão migrando lentamente para o interior desde os anos 1970.
Mas com base em dados de satélites de sensoreamento do meio ambiente da Agência Espacial Europeia, eles fizeram novas simulações sobre como a água de degelo vai fluir e se acumular na superfície do gelo para formar os lagos supraglaciais nos anos vindouros.
Hoje, a parte principal do manto de gelo da Groenlândia é fria demais para permitir a formação destes lagos e sua formação está restrita ao longo da costa.
A faixa já ganhou 56 km desde os anos 1970 e até 2060, a região onde estes lagos podem se formar avançaria para o interior até 109,4 km ou duas vezes a área que cobrem hoje.
'Indício-chave' das mudanças climáticas
O manto de gelo da Groenlândia é considerado um fator importante na elevação do nível dos mares, relacionada às mudanças climáticas e espera-se que contribua com 22 centímetros até 2100.
Uma vez que projeções anteriores não incluíram o comportamento variável destes lagos, aquelas projeções podem ser menores, mas ainda é preciso calcular quanto.
"Uma vez que o degelo na Groenlândia é um indício-chave das mudanças climáticas, é importante que consideremos todos os fatores que poderiam afetar a taxa segundo a qual o gelo será perdido à medida que o clima esquentar", disse o coautor do estudo, Andrew Shepherd, também da Escola da Terra e de Meio Ambiente da Universidade de Leeds.
"Nossas descobertas ajudarão a melhorar a próxima geração de modelos do manto de gelo, de forma que possamos ter mais confiança nas projeções sobre a futura elevação do nível do mar", concluiu.
As descobertas, publicadas na edição desta segunda-feira da revista Nature Climate Change, preveem que os lagos vão se tornar duas vezes mais comuns nos próximos 50 anos do que são hoje e, ao se mover de regiões costeiras para o interior, podem ter um enorme impacto na forma como o manto de gelo derrete.
Estes corpos hídricos, conhecidos como lagos supraglaciais, ficam sobre o gelo e são mais escuros que outras áreas, atraindo mais luz solar e drenando água, facilitando o degelo ao seu redor.
"Os lagos supraglaciais podem aumentar a velocidade com que os mantos de gelo derretem e fluem e nosso estudo mostra que em 2060 a área da Groenlândia coberta por eles dobrará", afirmou a principal autora do estudo, Amber Leeson, da Escola de Terra e Meio Ambiente da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.
"Quando o manto de gelo é mais fino, isto ocorre em uma elevação sutilmente menor e às custas de temperaturas do ar mais elevadas do que seria se fosse mais espesso, aumentando o tamanho da área de degelo em torno da borda do manto de gelo", prosseguiu.
Quando os lagos crescem o suficiente, eles começam a drenar água pelas fraturas no gelo, tornando todo o manto mais escorregadio e propenso a derreter mais rapidamente.
Os cientistas nunca tinham simulado antes o comportamento destes lagos, que já estão migrando lentamente para o interior desde os anos 1970.
Mas com base em dados de satélites de sensoreamento do meio ambiente da Agência Espacial Europeia, eles fizeram novas simulações sobre como a água de degelo vai fluir e se acumular na superfície do gelo para formar os lagos supraglaciais nos anos vindouros.
Hoje, a parte principal do manto de gelo da Groenlândia é fria demais para permitir a formação destes lagos e sua formação está restrita ao longo da costa.
A faixa já ganhou 56 km desde os anos 1970 e até 2060, a região onde estes lagos podem se formar avançaria para o interior até 109,4 km ou duas vezes a área que cobrem hoje.
'Indício-chave' das mudanças climáticas
O manto de gelo da Groenlândia é considerado um fator importante na elevação do nível dos mares, relacionada às mudanças climáticas e espera-se que contribua com 22 centímetros até 2100.
Uma vez que projeções anteriores não incluíram o comportamento variável destes lagos, aquelas projeções podem ser menores, mas ainda é preciso calcular quanto.
"Uma vez que o degelo na Groenlândia é um indício-chave das mudanças climáticas, é importante que consideremos todos os fatores que poderiam afetar a taxa segundo a qual o gelo será perdido à medida que o clima esquentar", disse o coautor do estudo, Andrew Shepherd, também da Escola da Terra e de Meio Ambiente da Universidade de Leeds.
"Nossas descobertas ajudarão a melhorar a próxima geração de modelos do manto de gelo, de forma que possamos ter mais confiança nas projeções sobre a futura elevação do nível do mar", concluiu.
AFP
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