Francisca Cruzolini admite que não é fácil emagrecer, mas vale a pena.
Moradora de Itu perdeu controle do peso após crise de depressão.
A estudante de administração Francisca Cruzolini, de 20 anos, sempre foi grande – ela já nasceu com 56 centímetros e quase 5 quilos –, mas aos 8 anos de idade, após um episódio de síndrome do pânico, ela começou a engordar. A situação saiu de controle na adolescência, por volta dos 17 anos, quando Fran teve um quadro de depressão e engordou cerca de 20 quilos em um ano – chegando, então, aos 118 kg.
Raio-X da Fran Cruzolini
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Altura:
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1,72 m
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Pesava:
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118 kg
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Corpo que conquistou:
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75 kg
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Meta:
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Definir o corpo; "agora estou bem, o pior já passou"
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O que come:
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Alimentos integrais, legumes, verduras, frutas, iogurte e muita água
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O que não come:
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Refrigerante, bolacha recheada, batata frita, farinha branca
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Como cuida da saúde:
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Musculação, jump e zumba, cinco vezes na semana
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“Eu estava no 3º ano, ia para a escola de manhã, voltava, almoçava, dormia a tarde inteira, ia para o supermercado comprar doce, bolacha, batata frita, comia a tarde inteira. Eu comia dois pacotes de bolacha recheada toda tarde, tomava refrigerante. Açúcar era o que não faltava na minha dieta. Eu usava a comida como fuga”, diz.
Além da alimentação desregrada, Fran também era totalmente sedentária. “Não andava nem até a esquina”, admite. Como uma coisa, normalmente, puxa a outra, a jovem não tinha nenhuma vaidade – ela não se arrumava, não usava maquiagem e só vestia moletom e tênis.
A paulista de Itu diz que, até determinado período, não se incomodava com o excesso de peso, mas o cenário mudou quando ela entrou na faculdade. “Eu percebia o olhar de desprezo das pessoas. Além disso, você vira ponto de referência, tipo: ‘estou perto daquela gordinha’”, relata.
Foi então que ela decidiu que não queria mais isso para sua vida. Em outubro de 2012, no seu aniversário, Fran pediu para sua avó lhe dar de presente um ano de academia. A jovem também foi à nutricionista, montou um planejamento alimentar e, já no primeiro mês, emagreceu 6 quilos.
Mas quem já tentou emagrecer sabe que essa não é uma empreitada fácil. Passado o primeiro mês, vieram as festas de fim de ano, e Fran engordou tudo o que havia emagrecido. “Em janeiro, fui para a casa do meu tio em São Paulo, refleti bastante, chorei muito, aí, em fevereiro de 2013, voltei com tudo para a academia e para a dieta.”
Desta vez mais focada, Fran conseguiu chegar aos 75 kg antes do fim do ano, 43 quilos menos, e vem conseguindo manter o peso estável há um ano. “Não é fácil, não é fácil. Eu chorei muito. Comer é muito bom. Eu já chorei demais por recusar comida. Eu tenho tendência a engordar, minha família tem tendência a engordar. Mas é preciso pensar nas consequências e pôr na balança o que prefere, o prazer de comer ou o prazer de se sentir bem”, diz.
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O manequim 58 ficou para trás, o moletom foi aposentado, e hoje Fran desfila por aí de pernas de fora. “Minha avó brinca que virei periguete, porque agora só uso saia curta” (risos).
Atualmente, Fran vai à academia cinco vezes na semana e se reveza entre as aulas de jump, zumba e musculação. Na alimentação, a universitária evita farinha branca, toma bastante iogurte desnatado, consome legumes, verduras e frutas e bebe muita água. “Eu não comia essas coisas de jeito nenhum. Hoje eu gosto de verdade de comer berinjela. Beber bastante água é muito importante, faz uma diferença absurda”, garante.
Entre as lições que aprendeu, Fran hoje aconselha quem está passando pelo processo de emagrecimento a respeitar o próprio limite. “Cada um tem seu corpo, seu biotipo. Trabalhe para ter o seu melhor. Quando você está bem com você mesmo, o mundo muda, você vê o mundo com outros olhos. Quando você se sente mal, quando não se ama, você precisa fazer com que os outros se sintam mal para que você se sinta bem.”
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