16/12/2014 | domtotal.com
Esperamos que o Poder Executivo encontre uma alternativa para tratar do lixo de forma transparente.
Por Dom Anuar Battisti*
Estou como arcebispo de Maringá há dez anos. Desde que cheguei nesta maravilhosa terra o que tem me chamado a atenção é a força das entidades organizadas da sociedade civil. Maringá é uma cidade diferenciada por isso. Aqui as nossas instituições estão sempre presentes nos debates da cidade. E graças ao histórico da nossa Igreja, talvez por causa do legado do nosso primeiro bispo, Dom Jaime Luiz Coelho, a arquidiocese está nesta lista das entidades engajadas.
O mais recente debate da nossa comunidade maringaense é sobre o lixo. Debate este que não é novo, e tem mais um capítulo.
Na sessão da câmara de vereadores da última quinta-feira, dia 11, dez vereadores rejeitaram pedido da Arquidiocese de Maringá, Observatório Social, ACIM, Fórum Lixo e Cidadania e da OAB pela revogação da parceria público-privada (PPP) destinada à prestação dos serviços de coleta, tratamento e destinação final do lixo em Maringá.
Representantes das entidades usaram a tribuna da câmara e apontaram diversas irregularidades no processo. Antes, a Igreja já havia se reunido com os parlamentares pedindo que a Câmara revogasse a autorização da PPP. Todos nós queremos uma solução para o problema do lixo em Maringá. Mas que essa solução seja promovida com total transparência.
Recentemente o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) emitiu medida cautelar determinando a suspensão imediata de licitação por meio da qual a Prefeitura de Maringá busca formalizar a PPP. A proposta prevê um contrato de aproximadamente R$ 1,16 bilhão, no prazo estimado de 30 anos.
Infelizmente, dez vereadores rejeitaram o pedido da sociedade organizada. E como isso ficou público, sentimos na obrigação de comunicar a sociedade. Os vereadores que votaram contra o pedido das entidades foram os senhores Luciano Brito, Chico Caiana, Tenente Edson Luiz, Luiz Pereira, Belino Bravin, Da Silva, Flávio Vicente, Jones Dark, Doutor Sabóia e a senhora Marcia Socreppa.
Os vereadores que atenderam a solicitação das entidades foram os senhores Ulisses Maia, Humberto Henrique, Mário Verri, Luizinho Gari e doutor Manoel.
Todos são livres para optar pelo que acham melhor. Mas o parlamento é a casa do povo e esta casa deve ouvir a sociedade. O que não aconteceu. Como pastor do povo católico, fiquei triste em saber que o poder Legislativo de Maringá não ouviu o clamor das instituições, por consequência das pessoas que cada uma representa. Esperamos que o poder executivo encontre uma alternativa para tratar do lixo em Maringá, de forma transparente. E nisso também nós temos responsabilidade. Mas o que mais esperamos é que a nossa democracia e a força das nossas instituições não sejam jogadas no lixo.
Que Deus abençoe a nossa cidade!
Estou como arcebispo de Maringá há dez anos. Desde que cheguei nesta maravilhosa terra o que tem me chamado a atenção é a força das entidades organizadas da sociedade civil. Maringá é uma cidade diferenciada por isso. Aqui as nossas instituições estão sempre presentes nos debates da cidade. E graças ao histórico da nossa Igreja, talvez por causa do legado do nosso primeiro bispo, Dom Jaime Luiz Coelho, a arquidiocese está nesta lista das entidades engajadas.
O mais recente debate da nossa comunidade maringaense é sobre o lixo. Debate este que não é novo, e tem mais um capítulo.
Na sessão da câmara de vereadores da última quinta-feira, dia 11, dez vereadores rejeitaram pedido da Arquidiocese de Maringá, Observatório Social, ACIM, Fórum Lixo e Cidadania e da OAB pela revogação da parceria público-privada (PPP) destinada à prestação dos serviços de coleta, tratamento e destinação final do lixo em Maringá.
Representantes das entidades usaram a tribuna da câmara e apontaram diversas irregularidades no processo. Antes, a Igreja já havia se reunido com os parlamentares pedindo que a Câmara revogasse a autorização da PPP. Todos nós queremos uma solução para o problema do lixo em Maringá. Mas que essa solução seja promovida com total transparência.
Recentemente o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) emitiu medida cautelar determinando a suspensão imediata de licitação por meio da qual a Prefeitura de Maringá busca formalizar a PPP. A proposta prevê um contrato de aproximadamente R$ 1,16 bilhão, no prazo estimado de 30 anos.
Infelizmente, dez vereadores rejeitaram o pedido da sociedade organizada. E como isso ficou público, sentimos na obrigação de comunicar a sociedade. Os vereadores que votaram contra o pedido das entidades foram os senhores Luciano Brito, Chico Caiana, Tenente Edson Luiz, Luiz Pereira, Belino Bravin, Da Silva, Flávio Vicente, Jones Dark, Doutor Sabóia e a senhora Marcia Socreppa.
Os vereadores que atenderam a solicitação das entidades foram os senhores Ulisses Maia, Humberto Henrique, Mário Verri, Luizinho Gari e doutor Manoel.
Todos são livres para optar pelo que acham melhor. Mas o parlamento é a casa do povo e esta casa deve ouvir a sociedade. O que não aconteceu. Como pastor do povo católico, fiquei triste em saber que o poder Legislativo de Maringá não ouviu o clamor das instituições, por consequência das pessoas que cada uma representa. Esperamos que o poder executivo encontre uma alternativa para tratar do lixo em Maringá, de forma transparente. E nisso também nós temos responsabilidade. Mas o que mais esperamos é que a nossa democracia e a força das nossas instituições não sejam jogadas no lixo.
Que Deus abençoe a nossa cidade!
CNBB, 15-12-2014.
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