Gonzaga Mota*
A política é dinâmica, já a moral é permanente. O importante é compatibilizar a política e a moral dentro de bases éticas que respeitem a liberdade, a democracia, a estrutura legal e a justiça social. Vale lembrar Bacon: "Como é estranho ambicionar o poder e perder a liberdade". Ademais, alcança-se, a verdadeira governabilidade mediante o atendimento das reais necessidades e carências do povo e não fazendo concessões e acordos que possam prejudicá-lo, objetivando a manutenção do poder.
Enquanto as pessoas não tiverem consciência crítica e visão de mudanças, a sociedade não evolui. Buscar um mandato eletivo ou exercer uma atividade pública significa muita responsabilidade ética, moral e também social. A verdadeira democracia possibilita um povo livre tornar-se vencedor e, em decorrência, permanecer justo. Por outro lado, a coerência programática e de ideias, abrangendo indicadores políticos, administrativos, econômicos e sociais, levam ao caminho da justiça e da liberdade.
A atividade estatal deve buscar o bem comum e não a vantagem de uma minoria ou de alguns que estão temporariamente no governo. O objetivo da política, todos sabemos, é a conquista, a expansão e a preservação dos espaços de poder.
O embate e os jogos dos contrários constituem a essência dos sistemas democráticos, respeitando-se os princípios éticos e morais, bem como evitando-se emboscadas e conluios.
A independência dos poderes constituídos, a liberdade de imprensa e a consciência dos direitos e obrigações das pessoas, são pontos básicos para a consolidação da democracia.
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