Ano teve conquistas científicas importantes, mas também houve fiascos.
Fraude em estudo de células-tronco e explosão de foguete estão entre eles.
O ano de 2014 foi marcado por importantes conquistas na ciência. Pela primeira vez, o homem conseguiu pousar um robô em um cometa. Cientistas também descobriram que componentes do “sangue jovem” têm propriedades rejuvenescedoras se aplicados em indivíduos mais velhos. Além disso, foi anunciada a adição de “letras” artificiais ao código genético do DNA. Houve, porém, grandes decepções para o mundo da ciência. Veja, abaixo, algumas delas:
Fraude em pesquisa de células-tronco
Em janeiro, o mundo científico recebeu com entusiasmo a notícia de que pesquisadores japoneses tinham descoberto um método simples e barato para transformar células maduras em células pluripotentes (aquelas que tem potencial de se transformar em qualquer outra célula do corpo). O método, criado pelo Centro de Biologia do Desenvolvimento Riken, no Japão, foi chamado de Aquisição de Pluripotência Desencadeada por Estímulo (STAP, na sigla em inglês).
Em janeiro, o mundo científico recebeu com entusiasmo a notícia de que pesquisadores japoneses tinham descoberto um método simples e barato para transformar células maduras em células pluripotentes (aquelas que tem potencial de se transformar em qualquer outra célula do corpo). O método, criado pelo Centro de Biologia do Desenvolvimento Riken, no Japão, foi chamado de Aquisição de Pluripotência Desencadeada por Estímulo (STAP, na sigla em inglês).
Em abril, a principal autora do estudo, Haruko Obokata, foi acusada de irregularidades em sua pesquisa, depois que os resultados não puderam ser reproduzidos por outros cientistas. O Centro Riken concluiu que ela havia produzido seu trabalho de forma intencionalmente enganosa e a revista “Nature”, onde a pesquisa tinha sido publicada, divulgou uma retratação sobre o estudo em julho. Em agosto, um dos cientistas envolvidos na pesquisa foi encontrado morto em seu local de trabalho, deixando cartas de despedida.
Apresentação do exoesqueleto na Copa
Depois de ser divulgado que um voluntário com as pernas paralisadas caminharia alguns passos para dar o “chute simbólico” inaugural da Copa do Mundo com a ajuda de um exoesqueleto controlado pelo cérebro, o que foi transmitido aos telespectadores foi uma cena muito rápida em que um voluntário deu um passo com a perna direita e movimentou a bola. O próprio cientista Miguel Nicolelis, que lidera as pesquisas que levaram ao desenvolvimento do exoesqueleto, reclamou do pouco tempo reservado ao "chute simbólico".
Depois de ser divulgado que um voluntário com as pernas paralisadas caminharia alguns passos para dar o “chute simbólico” inaugural da Copa do Mundo com a ajuda de um exoesqueleto controlado pelo cérebro, o que foi transmitido aos telespectadores foi uma cena muito rápida em que um voluntário deu um passo com a perna direita e movimentou a bola. O próprio cientista Miguel Nicolelis, que lidera as pesquisas que levaram ao desenvolvimento do exoesqueleto, reclamou do pouco tempo reservado ao "chute simbólico".
“Pelo visto, a Fifa não estava preparada para filmar um experimento que vai ser histórico”, afirmou o cientista, na época. O exoesqueleto é, atualmente, um dos projetos científicos com maior destaque internacional em que o Brasil está envolvido. O Comitê Organizador da Copa do Mundo afirmou que o "pontapé inicial" foi fora do campo para não prejudicar o gramado por causa do peso do equipamento.
Explosão de foguete de carga
O foguete Antares, da empresa Orbital Sciences, contratada pela Nasa para levar suprimentos para a Estação Espacial Internacional, explodiu segundos após seu lançamento em 28 de outubro. O acidente não deixou feridos, já que o veículo não era tripulado. O foguete levava a nave de carga Cygnus, que estava carregada com mais de 2 toneladas de suprimentos, experimentos científicos e equipamentos. O voo teria sido o terceiro de um total de oito voos que a companhia faria para a Nasa.
O foguete Antares, da empresa Orbital Sciences, contratada pela Nasa para levar suprimentos para a Estação Espacial Internacional, explodiu segundos após seu lançamento em 28 de outubro. O acidente não deixou feridos, já que o veículo não era tripulado. O foguete levava a nave de carga Cygnus, que estava carregada com mais de 2 toneladas de suprimentos, experimentos científicos e equipamentos. O voo teria sido o terceiro de um total de oito voos que a companhia faria para a Nasa.
Investigações preliminares apontaram que uma falha no motor foi a responsável pelo acidente. O par de motores usados no foguete Antares era do tipo AJ-26s, desenvolvido há décadas na Ucrânia durante a era soviética e remanufaturado pela empresa americana Aerojet Rocketdyne.
Explosão de nave espacial de turismo
Na mesma semana da explosão do foguete de carga, a nave SpaceShipTwo, da empresa Virgin Galactic, sofreu uma "anomalia em voo" e se acidentou no Deserto de Mojave em 31 de outubro. O copiloto morreu e o piloto conseguiu abandonar o veículo antes de cair.
Na mesma semana da explosão do foguete de carga, a nave SpaceShipTwo, da empresa Virgin Galactic, sofreu uma "anomalia em voo" e se acidentou no Deserto de Mojave em 31 de outubro. O copiloto morreu e o piloto conseguiu abandonar o veículo antes de cair.
A Virgin Galactic pretende levar turistas ao espaço com suas naves. Por enquanto, o esquema ainda está em teste, mas a companhia já vende a reserva de bilhetes para voos suborbitais comerciais com alguns minutos de duração. Depois do acidente, várias pessoas cancelaram as passagens que tinham reservado para viajar ao espaço.
Chuva de meteoros decepcionante
Anunciada como "potencialmente espetacular" pelo Observatório Naval dos Estados Unidos, uma chuva de meteoros prevista para ser vista na América do Norte em maio acabou se mostrando quase imperceptível.
Anunciada como "potencialmente espetacular" pelo Observatório Naval dos Estados Unidos, uma chuva de meteoros prevista para ser vista na América do Norte em maio acabou se mostrando quase imperceptível.
Astrônomos não esconderam a decepçãodepois de constatarem que apenas alguns pontos luminosos ocasionais apareceram no céu. O "show de estrelas cadentes" estava previsto para acontecer quando a Terra cruzasse, pela primeira vez, com um enxame de dejetos procedentes do cometa 209P/Linear, descoberto em fevereiro de 2004. O fenômeno foi chamado de "Camelopardálidas".
Fraudes em pesquisas brasileiras
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) divulgou em outubro cinco casos de violação cometidas por cientistas que solicitaram financiamentos de pesquisas ou já recebiam verbas da instituição.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) divulgou em outubro cinco casos de violação cometidas por cientistas que solicitaram financiamentos de pesquisas ou já recebiam verbas da instituição.
Entre as acusações contra os pesquisadores estavam a de falsa coautoria, plágio e fabricação de dados. Segundo a fundação divulgou na época, havia 15 investigações de fraudes em andamento e outras 2 finalizadas, sendo que 10 concluíram que o pesquisador teve má conduta científica
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