Irmã Marina Sofia vai fazer votos perpétuos no Mosteiro de Santa Clara, Diocese de Leiria-Fátima
Leiria, 07 dez 2014 (Ecclesia) – As religiosas de clausura do Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real, Diocese de Leiria-Fátima, celebram hoje a profissão perpétua de uma vocação que nasceu há mais de uma década, com a ajuda da internet.
“Interrogava-me sobre o caminho a seguir e qual seria a vontade de Deus e foi nesse caminho que fui percebendo que Deus me chamava à vida consagrada”, conta a irmã Marina Sofia, com 28 anos de idade.
A religiosa explicou hoje à Agência ECCLESIA que considera a escolha responsabilidade “do Senhor”, a partir do momento em que recebeu o sacramento do Crisma, aos 18 anos.
Como “não conhecia muito” sobre vida consagrada, a jovem pesquisou na internet e encontrou o sítio online das Irmãs Clarissas, do Mosteiro de Santa Clara e do Santíssimo Sacramento de Monte Real e decidiu conhecê-las.
“Foi o primeiro que encontrei e não procurei mais. Acho que acertei”, acrescentou a freira que segue a regras de Santa Clara de Assis e vai celebrar os votos perpétuos este domingo na igreja do Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real, a partir das 15h30, na presença do bispo da diocese, D. António Marto.
A irmã Marina Sofia revela que depois da primeira experiência no mosteiro, “passado mais ou menos um mês”, decidiu ingressar na ordem religiosa de clausura.
“Fiquei encantada pela alegria das irmãs, pela paz que se sente neste lugar, não entrei propriamente na parte do mosteiro, e também pelo facto desta comunidade ter adoração eucarística permanente, foi o que principalmente me atraiu”, desenvolveu.
Segundo a irmã Marina Sofia, foi “um bocadinho difícil” comunicar à sua família a opção de vida pela clausura, porque não estavam à espera.
“Embora para algumas pessoas da família fosse um pouco estranho e, não aceitassem muito bem, não se opuseram, antes pelo contrário”, desenvolve a irmã clarissa que neste contexto destaca o seu pai.
“Para ele foi um pouco difícil de compreender, mas não se opôs e fez questão de me vir trazer”, recorda.
Para a entrevistada, a consagração perpétua “já é um testemunho” para que surjam mais vocações, para aqueles que “estiverem atentos” procurem “onde o Senhor os chama, espera”.
A Igreja vive até 2 de fevereiro de 2016 o Ano da Vida Consagrada, convocado pelo Papa Francisco, e para a irmã Marina Sofia o ‘sim’ definitivo neste contexto é “um momento bonito” porque passa “a fazer parte da grande família que são os consagrados”.
“Através da minha oração, do silêncio na clausura, na adoração, também ajudo esta Igreja a levar Cristo aqueles que não O conhecem, que mais necessitam de ajuda”, destacou.
O dia-a-dia no Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real, Diocese de Leiria-Fátima, começa às 07h00 com as irmãs clarissas reunidas para o canto de laudes e oração da primeira hora intermédia.
Depois, ao longo do dia têm diversos momentos de oração, meditação e trabalhos específicos; ao fim do dia, às 17h20, rezam o rosário; segue-se a Eucaristia, e no fim do jantar a comunidade reúne-se, diverte-se e informa-se sobre “notícias do mundo e da Igreja”, antes da última oração comunitária, às 21h30, quando recolhem “às celas para o descanso da noite”.
CB/OC
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