Nesta semana está se realizando em Davos (Suíça) o "Fórum Econômico Mundial". Conforme percebemos pelas informações dos analistas e jornalistas presentes ao evento, os debates não são pontuais (apenas de ordem econômica), mas com conotação sistêmica. Estão sendo feitas reflexões sobre várias questões que preocupam a opinião pública mundial nos dias atuais. A ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o entendimento, gerando desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, o aquecimento global, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade humana, o terrorismo, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O ideal decadente traduz a falta de perspectiva das novas gerações e deixa num clima de perplexidade os mais velhos. Precisamos renascer a cada dia. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social. Crises, desemprego, miséria, endividamento e violência decorrem de movimentos radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista socioeconômico e político. Por sua vez, conforme Norberto Bobbio, "A primeira grande distinção no universo das doutrinas políticas é a que contrapõe teorias idealistas do Estado perfeito, ou da melhor forma de governo, e teorias realistas". Enfim, qual o mundo tolerável? Na nossa opinião, não deverão prevalecer a ganância, falta de ideal, fundamentalismo e ódio.
*Integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará
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