No próximo domingo (22), quando chega ao fim o horário de verão 2015, algumas pessoas podem sentir certos desconfortos no organismo ao terem de se adaptarem à mudança. "A volta ao padrão 'convencional', em alguns estados, pode causar incômodos, durante os primeiros dias", revela a clínica geral e geriatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (São Paulo), Rossana Maria Russo Funari.
"Em geral, é normal sentir um mal-estar, uma dificuldade para dormir no horário habitual (o horário do relógio) e um pouco de sonolência diurna", orienta a médica. Em alguns casos, esses sintomas podem incluir alterações de humor e de hábitos alimentares. "Tudo isso acontece devido a uma mudança do ritmo circadiano do organismo." Normalmente, o processo de readaptação total do indivíduo as condições basais leva quatro dias.
Porém engana-se quem pensa que os efeitos são os mesmos sentidos pelo corpo humano durante o "jetlag", famosa fadiga de viagem ocasionada por mudanças no fuso. "No horário de verão, as mudanças nesse ritmo são mais suaves e não causam tantas consequências na maioria das pessoas. Já no 'jetlag', temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano, mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário."
Para evitar problemas durante esse período, Rossana recomenda, na medida do possível, preparar-se para dormir, mais ou menos, no horário de sempre (do relógio). "Uma boa dica é dormir com as janelas abertas, pelo menos, nos primeiros dias para que seja possível acordar naturalmente com a claridade." Isso ajudaria na sincronização dos relógios físico e biológico. Outra recomendação é não dirigir por várias horas seguidas (por exemplo, pegar estradas), durante os dias em que a pessoa estiver mais sonolenta e fadigada.
Tree Comunicação
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