sábado, 7 de fevereiro de 2015

Musa do bloco 77 aprendeu a gostar de carnaval com marchinhas de rock

Amanda Tamalavičius Bahl é fã de punk rock e descobriu bloco do gênero. 

Ela concorre ao título de Musa dos Blocos de SP, promovido pelo G1.

Lívia MachadoDo G1 São Paulo

Amanda Tamalavičius Bahl (Foto: Victor Moriyama/G1)Amanda Tamalavičius Bahl (Foto: Victor Moriyama/G1)
Antes de conhecer a musa do bloco 77, vale a recomendação: esqueça estereótipos e economize pré-julgamentos. Há três anos em São Paulo, a curitibana Amanda Tamalavičius Bahl, de 26 anos, passou a curtir a folia de rua no carnaval de 2014, quando descobriu que havia na cidade um cordão que entoava canções de punk rock em versão marchinha.
“Quando comecei a pesquisar eu nem acreditei. Foi meu mundo ideal para curtir o carnaval. As músicas que gosto, escuto, num ritmo de marchinha que torna a coisa divertida. Acho que foi o bloco que me fez gostar de carnaval. É o que mais me sinto em casa, mesmo estando fora dela.”
O bloco 77 - Originais do Punk desfila nos dias 13 (às 20h) e 15 (às 15h) na região de Pinheiros, Zona Oeste da cidade. A concentração ocorre na Rua Cardeal Arcoverde, esquina com a Rua Simão Alvares.
Amanda Tamalavičius Bahl é a última das seis candidatas apresentadas desde segunda-feira (2) e que concorrem ao título de Musa dos Blocos de São Paulo, em eleição promovida peloG1 a partir da próxima segunda (9). Todas as candidatas — escolhidas pelo site — têm relação com algum bloco de carnaval de rua paulistano e são foliãs apaixonadas.
Por conta de seus traços delicados, a da jovem de descendência lituana (daí o sobrenome trava-língua) e alemã afirma que é facilmente rotulada de maneira equivocada. “Acham que eu sou patricinha, tenho cara de fresca, mas não sabem que na verdade sou super desbocada”, descreve.
Por conta de seus traços delicados, a da jovem de descendência alemã e lituana afirma que é facilmente rotulada de maneira equivocada (Foto: Arquivo pessoal)Por conta de seus traços delicados, a da jovem de
descendência alemã e lituana afirma que é
facilmente rotulada de maneira equivocada
(Foto: Arquivo pessoal)
Derrubou os preconceitos com direito a mosh. “Nos shows, sempre me metia nas rodinhas, subia no palco e me jogava. Já fiquei muito roxa por participar de tudo. Hoje estou um pouco mais contida”, comenta.
Para o dia a dia, prefere um som mais pesado, mas diz admirar clássicos de Noel Rosa e Cartola, e vibra com a malemolência alheia.  "Eu adoro ver as pessoas sambando, mas não sei sambar. Meu gingado é menos 100! Punk rock é mais fácil, não precisa de gingado", brinca.
Filha única, Amanda aprendeu a gostar de rock por influência dos pais. Na escola, ainda adolescente, apurou as variantes do gênero e se encontrou na vertente punk influenciada por uma amiga. “Eu sou fã de punk rock, isso começou quando eu era bem novinha, com 13 anos. E a cena de rock em Curitiba é muito forte. Cresci num porão que tocava só banda independente, e foi nessa época que comecei a entrar nesse mundo. Nunca mais saí.”
O estilo musical bem definido não garante guarda-roupa monocromático tampouco figurino determinado. “Às vezes estou super punk, com coturno e maquiagem carregada. E em outros dias opto por um vestido florido. Não é por curtir punk rock que tenho que assumir esse estilo 24 horas por dia, todos os dias.”
Amanda decidiu deixar Curitiba logo após terminar a faculdade. Desde garota alimentava o sonho de morar na capital paulista. Migrou para fazer carreira em um mercado específico. “Queria trabalhar com moda, e eu sabia que dentro do Brasil aqui era a única opção. E desejava viver em São Paulo, uma cidade que te oferece tudo a qualquer hora. Hoje não me mudaria para nenhuma outra cidade do país.”
Antes de completar 30 anos, porém, a jovem planeja passar uma temporada na Alemanha, sem data de retorno. Antes disso, pretende calibrar a fluência no idioma. “Fui para Alemanha ano passado, fiquei um mês lá, comecei a desbravar um lugar que sempre quis conhecer e amei. Meu plano de vida é mudar provavelmente para Berlim, que é a cidade mais fácil de começar a viver. Mas moraria em qualquer uma das nove cidades que passei.”
Amanda Tamalavičius Bahl (Foto: Victor Moriyama/G1)Amanda Tamalavičius Bahl (Foto: Victor Moriyama/G1
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