sexta-feira, 6 de março de 2015

A experiência do silêncio

'Na conversão e no silêncio sereis salvos, e na confiança está a vossa força' (Is 34,15).

'Muita gente corre do silêncio porque ele nos leva ao encontro conosco mesmos'.
Certa vez, um grupo de jovens foi visitar um monge anacoreta, que vivia sozinho no meio do mato, e passava o dia rezando, lendo a Bíblia e trabalhando. Tudo no maior silêncio. Um dos visitantes perguntou-lhe:
- Que sentido tem essa vida de silêncio?
O monge foi com eles até a cisterna, desceu o balde e depois o subiu cheio, puxando pela carretilha. Pediu que os jovens olhassem para o fundo da cisterna, e perguntou:
- O que vocês veem?
- Não vemos nada, apenas a água se mexendo, responderam.
O monge esperou a água ficar bem paradinha e pediu que olhassem novamente.
- O que vocês veem agora?
- Vemos nossos rostos refletidos na água.
O anacoreta concluiu:
- Aí está o valor do silêncio. Nós vemos a nós mesmos, não só o rosto, mas o nosso interior.
Para gostarmos do silêncio interior, precisamos ter paz. Quem abafa a consciência com barulho, música, celular... fica velho antes do tempo. Muita gente corre do silêncio porque ele nos leva ao encontro conosco mesmos. No silencio, vemos o nosso rosto como realmente é.
Pessoas acostumadas a fazer silêncio interior conseguem isso até dentro de um ônibus ou andando numa rua movimentada.
“Na conversão e no silêncio sereis salvos, e na confiança está a vossa força” (Is 34,15).
A12, 05-03-2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário