A Quaresma é propícia para revermos nossa relação com Deus e o semelhante.
Por Dom José Alberto Moura*
Na vida, todos nós encontramos uns com os outros, com a natureza e com Deus. Mas a percepção e a valorização do outro depende de nossa formação para que isso seja frutífero e não cause desencontros desastrosos e inoportunos para nós mesmos e para todos. A valorização da natureza e de cada criatura neste mundo é fundamental para a nossa própria realização. Na relação pouco amistosa com o semelhante, produzem-se guerras, injustiças e egocentrismos, com todas as conseqüências danosas.
Deus, no seu infinito amor, depois da escolha humana em deixá-lo de lado, quis firmar novo encontro conosco, mandando seu Filho para reatar nossa relação amorosa com Ele. Dessa sua aliança surge perspectiva de vida realizadora para todos, já aqui na terra. Aceitando seu pacto de amor, refazemos nossa caminhada na história, com possível felicidade conquistada progressivamente. Mas o método ensinado por Ele vem canalizar nossos impulsos para a alteridade, em que dominamos, de modo produtivo, nossos instintos para eles cooperarem na conquista do ideal de realização. Quem está disposto a colocar em prática os mandamentos divinos (Cf. Êxodo 20,1-17), sabe realizar a ascese ou exercitação na conduta ética e de serviço ao outro. A proposta de Deus é a de relativizarmos a matéria, o prazer e a ambição, para absolutizarmos a Ele, que é a finalidade de tudo. O próprio Jesus disse: “Sem mim, nada podereis fazer”.
O período quaresmal é particularmente propício para revermos nossa relação com Deus e o semelhante e retomarmos o encontro proveitoso do caminho que nos realiza. Ele mostra o sentido e a razão de ser de nossa vida. A procura e a conquista da sabedoria do alto nos elevam em nossa dignidade, para construirmos na terra a grande base para a conquista do reino de Deus. Com Ele não sucumbimos em nossos problemas e limites. Mas não basta olharmos só para nossos interesses. Nosso encontro particular e indispensável com Deus nos estimula a realizar o que Ele nos pede, ou seja, de tornarmos nossa vida um serviço ao bem do próximo, usando nosso potencial para amar e servir. Isso, na visão materialista e consumista, nos faz parecer ignorantes frente ao bem estar material buscado como objetivo de vida. Mas, aos olhos de quem entende de humanismo e vida de fé, é uma verdadeira conquista de altivez moral. O apóstolo Paulo lembra: “O que é dito insensatez de Deus é mais saio do que os homens” (1 Coríntios 1, 25).
A Campanha da Fraternidade nos focaliza a necessidade de sermos servidores da humanidade, seja individual seja comunitariamente, na imitação do Filho de Deus, que nos ensina a servir em vez de buscarmos ser servidos (Cf. Mc 10, 45). Na doação total de si Ele recebeu a recompensa da ressurreição, que é prometida também para nós. Ela já se faz aqui na terra com a produção de vida honrada e dignificadora para quem entende do que significa promover o bem do semelhante.
Os valores maiores não são de quem conquista lícita ou ilicitamente muitos bens, prestígio social e bem estar sensível, e sim de quem contribui, mesmo à custa de sacrifício e doação de si, para a construção da cidade terrestre, onde reinam a justiça, a inclusão social e a promoção da vida de sentido para todos. O próprio Jesus lembra que veio trazer vida plena para todos.
Na vida, todos nós encontramos uns com os outros, com a natureza e com Deus. Mas a percepção e a valorização do outro depende de nossa formação para que isso seja frutífero e não cause desencontros desastrosos e inoportunos para nós mesmos e para todos. A valorização da natureza e de cada criatura neste mundo é fundamental para a nossa própria realização. Na relação pouco amistosa com o semelhante, produzem-se guerras, injustiças e egocentrismos, com todas as conseqüências danosas.
Deus, no seu infinito amor, depois da escolha humana em deixá-lo de lado, quis firmar novo encontro conosco, mandando seu Filho para reatar nossa relação amorosa com Ele. Dessa sua aliança surge perspectiva de vida realizadora para todos, já aqui na terra. Aceitando seu pacto de amor, refazemos nossa caminhada na história, com possível felicidade conquistada progressivamente. Mas o método ensinado por Ele vem canalizar nossos impulsos para a alteridade, em que dominamos, de modo produtivo, nossos instintos para eles cooperarem na conquista do ideal de realização. Quem está disposto a colocar em prática os mandamentos divinos (Cf. Êxodo 20,1-17), sabe realizar a ascese ou exercitação na conduta ética e de serviço ao outro. A proposta de Deus é a de relativizarmos a matéria, o prazer e a ambição, para absolutizarmos a Ele, que é a finalidade de tudo. O próprio Jesus disse: “Sem mim, nada podereis fazer”.
O período quaresmal é particularmente propício para revermos nossa relação com Deus e o semelhante e retomarmos o encontro proveitoso do caminho que nos realiza. Ele mostra o sentido e a razão de ser de nossa vida. A procura e a conquista da sabedoria do alto nos elevam em nossa dignidade, para construirmos na terra a grande base para a conquista do reino de Deus. Com Ele não sucumbimos em nossos problemas e limites. Mas não basta olharmos só para nossos interesses. Nosso encontro particular e indispensável com Deus nos estimula a realizar o que Ele nos pede, ou seja, de tornarmos nossa vida um serviço ao bem do próximo, usando nosso potencial para amar e servir. Isso, na visão materialista e consumista, nos faz parecer ignorantes frente ao bem estar material buscado como objetivo de vida. Mas, aos olhos de quem entende de humanismo e vida de fé, é uma verdadeira conquista de altivez moral. O apóstolo Paulo lembra: “O que é dito insensatez de Deus é mais saio do que os homens” (1 Coríntios 1, 25).
A Campanha da Fraternidade nos focaliza a necessidade de sermos servidores da humanidade, seja individual seja comunitariamente, na imitação do Filho de Deus, que nos ensina a servir em vez de buscarmos ser servidos (Cf. Mc 10, 45). Na doação total de si Ele recebeu a recompensa da ressurreição, que é prometida também para nós. Ela já se faz aqui na terra com a produção de vida honrada e dignificadora para quem entende do que significa promover o bem do semelhante.
Os valores maiores não são de quem conquista lícita ou ilicitamente muitos bens, prestígio social e bem estar sensível, e sim de quem contribui, mesmo à custa de sacrifício e doação de si, para a construção da cidade terrestre, onde reinam a justiça, a inclusão social e a promoção da vida de sentido para todos. O próprio Jesus lembra que veio trazer vida plena para todos.
CNBB, 05-03-2015.
*Dom José Alberto Moura é arcebispo de Montes Claros (MG).
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