Rádio Vaticana
Etchmiadzin (RV) - A Igreja armênia canonizou simbolicamente quinta-feira, 23, as vítimas do martírio armênio, às vésperas das comemorações oficiais do centenário do “Grande Mal”.
Cerca de 1,5 milhão de armênios foram deportados, mortos, torturados, mas permaneceram fiéis a Cristo”, disse o líder da Igreja armênia, o Catholicos Karekin II, na cerimônia de canonização. Representando o Papa Francisco, participou da solenidade o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
A missa foi celebrada em Etchmiadzin, a 20 km de Yerevan, em um edifício do século IV que é considerado a Catedral cristã mais antiga do mundo. Foi a maior canonização realizada por uma Igreja cristã.
A cerimônia terminou às 19h15 (12h15 de Brasília), uma escolha simbólica em memória de 1915, ano em que o massacre começou. Logo depois, sinos de todas as igrejas armênias soaram em todo o mundo e um minuto de silêncio foi observado pela comunidade dos armênios.
“Para nós, armênios, é um direito e uma obrigação moral recordar os 1,5 milhão de compatriotas mortos e as centenas de milhares de pessoas que sofreram privações desumanas”, ressaltou por sua vez o Presidente armênio, Serge Sarkissian.
Homenagem no Memorial da capital
O dia 24 de abril é a data em que armênios relembram seu momento mais negro na história. Há 100 anos, eles foram deportados ou mortos pelo então Império Turco-Otomano. Os armênios sempre foram tratados como cidadãos de segunda classe no Império Turco-Otomano e revoltas esporádicas eram suprimidas violentamente.
Nesta sexta-feira, 24, milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo vários chefes de Estado e de Governo, prestaram homenagem às vítimas dos massacres iniciados há 100 anos. Em Erevan, o Presidente Sarkissian recebeu convidados como os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e França, François Hollande, em cujos países vivem amplas comunidades armênias.
Em todo o mundo, várias cerimônias organizadas por muitos diásporas armênios serão realizadas, de Los Angeles a Estocolmo, passando por Paris e Beirute, Buenos Aires e São Paulo.
(CM)
(from Vatican Radio)
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