quinta-feira, 16 de abril de 2015

Manifestantes 'enterram' carteira de trabalho

Protesto contra projeto da terceirização tem enterro simbólico, em frente à sede da Firjan.

O ato no Rio terminou pacífico e de forma bem humorada.
O protesto contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que expande as terceirizações para as atividades fim das empresas, terminou com o enterro simbólico da carteira de trabalho, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na noite dessa quarta-feira (15). O ato reunindo centenas de manifestantes, ligados a diversas centrais sindicais, começou às 16h, em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, centro do Rio.
Em seguida, os manifestantes foram em marcha pela Avenida Rio Branco, que precisou ser interditada, até o prédio da Firjan. Apesar da manifestação ser pacífica, reunindo sindicatos e trabalhadores, um grande aparato policial foi destacado, mas sem interferir no ato. Um outro grupo de policiais ficou postado em frente à sede da federação das indústrias, para evitar qualquer tipo de invasão.
O caminhão de som que dava apoio e servia como palanque para os discursos estacionou em frente à Firjan, onde os ativistas e sindicalistas falaram contra o projeto de lei, que poderá liberar as terceirizações nas empresas, se for aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff. A matéria foi aprovada em seu texto principal na Câmara e seguirá para o Senado.
Os manifestantes criticaram nos discursos o projeto de lei, dizendo que ele precariza as relações de trabalho e provoca um rebaixamento de salários e direitos dos trabalhadores. Alguns, chegaram a dizer que, se o PL virar lei, será equivalente a rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conjunto de leis que rege o trabalho no país.
O ato terminou pacífico e de forma bem humorada, quando um dos ativistas, que estava fantasiado de papa, deu a benção final aos participantes e pediu que todos seguissem em paz, "mas sem se esquecerem de lutar por seus direitos".
Agência Brasil

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