domingo, 5 de abril de 2015

Testemunho de consagrado: «Sem oração não me entendo»

PORTUGAL
Texto Francisco Pedro | Foto Santuário de Fátima | 03/04/2015 | 16:10

Ângela Coelho, da congregação da Aliança de Santa Maria
«O que mais me atraiu inicialmente foi o entusiasmo e a alegria das irmãs da Aliança que conhecia. A sua felicidade era contagiante e eu queria ser tão feliz como elas. Queria comungar do seu estilo de vida»


Ângela Coelho tem 43 anos, é superiora da comunidade de Fátima da congregação da Aliança de Santa Maria, postuladora da causa da canonização dos beatos Jacinta e Francisco Marto, vice-postuladora do processo de beatificação da Irmã Lúcia e médica. Ainda jovem, deixou-se contagiar pela radicalidade da vivência do Evangelho

FÁTIMA MISSIONÁRIA É uma apaixonada pela vida e obra da Irmã Lúcia. O que mais a impressionou na vida da vidente?

Ângela Coelho A longa vida da Irmã Lúcia foi toda ela dedicada à difusão dos apelos de Nossa Senhora, em Fátima. Admiro a fidelidade desta mulher à missão que lhe foi confiada, a sua docilidade a Deus e a dedicação persistente no meio das muitas dificuldades, procurando configurar-se com Jesus e com o seu mistério pascal. Tendo contemplado o rosto da «Senhora mais brilhante do que o sol», Lúcia não perdeu nunca uma visão muito perspicaz do mundo que a rodeava e o sentido muito prático da vida.

FM Entre os seus muitos afazeres, qual o papel que ocupa a oração na sua vida?

AC A oração é o espaço em que cultivo a minha relação pessoal com Jesus. É o tempo em que Lhe entrego tudo o que trago no meu coração e Lhe peço que caminhe comigo e viva comigo a minha vida, as minhas preocupações, as minhas tarefas. É o ponto de partida e de chegada da minha vida toda e de todos os meus afazeres. Nesse sentido, a oração é prioritária, como alimento da minha vida de fé, mas também como fonte unificadora e plenificadora das diferentes dimensões da minha consagração a Deus. Sem oração não me entendo, nem entendo a vida consagrada.

FM Lembra-se do momento em que decidiu ser consagrada? Que convicção a levou a seguir este caminho?

AC Recordo perfeitamente o momento em que senti que o Senhor Jesus me chamava para Lhe pertencer totalmente através de uma consagração religiosa. Tinha, então, 13 anos. Obviamente, as motivações que me levariam, mais tarde, a deixar tudo para seguir Jesus, na Aliança de Santa Maria, foram sendo aprofundadas e até purificadas. O que mais me atraiu inicialmente foi o entusiasmo e a alegria das irmãs da Aliança que conhecia. A sua felicidade era contagiante e eu queria ser tão feliz como elas. Queria comungar do seu estilo de vida. Posteriormente, deixei-me entusiasmar pela radicalidade na vivência do Evangelho, um entusiasmo que devagarinho se foi tornando em paixão absoluta por Jesus. Para o meu discernimento foi também importante a dedicação desta comunidade religiosa à Mensagem de Fátima e à tarefa evangelizadora através do Coração Imaculado de Maria
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