Pâmela não tem histórico de gêmeos na família e não fez tratamento.
Trigêmeas Antonela, Pietra e Nataly, de 2 anos, moram em Guarapuava.
A dona de casa Pamela Nunes de Lara, de 24 anos, soube que estava grávida quando começou a achar que não podia ter filhos. Descoberta a gravidez, já no primeiro ultrassom, teve uma surpresa quando a médica encontrou os três coraçõezinhos. “Eu e o meu marido ficamos em choque”, lembra. Hoje, a vida da jovem mãe se resume a cuidar das trigêmeas Antonela, Pietra e Nataly, de 2 anos, o que ela garante que faz com muito amor. "Dedicação exclusiva", afirma.
A família mora em Guarapuava, na região central do Paraná. Após três anos juntos, Pamela e o marido Adriano Kraus Moreira, de 32 anos, decidiram que já era hora de serem pais. Ela tinha 21 anos à época e, mesmo jovem, já sonhava em ser mãe. “Nós tentamos por quase seis meses e nada. Eu já estava achando que tinha algum problema”, conta.
Trigêmeas
Entretanto, a preocupação terminou logo, quando ela recebeu a notícia que seria mãe em breve. Pelo ultrassom, soube que estava grávida de três bebês, mesmo sem ter histórico de gêmeos na família e sem ter feito algum tipo de tratamento. “A médica chamou todo mundo do hospital para contar. Eu e o meu marido não conseguíamos falar nada na hora”, lembra.
Entretanto, a preocupação terminou logo, quando ela recebeu a notícia que seria mãe em breve. Pelo ultrassom, soube que estava grávida de três bebês, mesmo sem ter histórico de gêmeos na família e sem ter feito algum tipo de tratamento. “A médica chamou todo mundo do hospital para contar. Eu e o meu marido não conseguíamos falar nada na hora”, lembra.
Quando o casal soube que teriam três meninas, Adriano ficou ainda mais chocado, segundo Pamela. “Acho que ele ficou desesperado quando soube que teria quatro mulheres em casa. É compreensível, né?”, brinca. Desde o descobrimento até o parto, a jovem teve que parar de trabalhar e fazer repouso absoluto.
“Durante a gestação, a médica me preparou para o pior. Disse que elas poderiam nascer pequeninhas e que, se fosse assim, teriam que ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, graças a Deus, deu tudo certo”, afirma.
A gravidez foi tranquila. As meninas meninas nasceram pouco antes dos nove meses e nem precisaram de tratamento intensivo. A médica disse a ela que o fato de ser jovem contribuiu para que não houvesse complicações.
“A minha única preocupação sempre foi como o espaço. Como caberiam três bebês em mim? Sou pequena. Sempre orei bastante para que elas nascessem com saúde, independentemente de como meu corpo ficasse. Tive fé e sorte, todas são perfeitas”, afirma.
Ajuda
O marido de Pamela trabalha com motofrete. Ela, sem emprego, temeu não ter dinheiro suficiente para criar as três filhas. Entretanto, conseguiu ajuda por causa da comoção da gravidez. “Antes, eu trabalhava em uma farmácia e eles sempre faziam sorteios de fraldas para duas gestantes. Quando souberam que eu teria três bebês, me deram 6 meses de fraldas grátis”, lembra. Hoje, as meninas já não usam mais fraldas.
O marido de Pamela trabalha com motofrete. Ela, sem emprego, temeu não ter dinheiro suficiente para criar as três filhas. Entretanto, conseguiu ajuda por causa da comoção da gravidez. “Antes, eu trabalhava em uma farmácia e eles sempre faziam sorteios de fraldas para duas gestantes. Quando souberam que eu teria três bebês, me deram 6 meses de fraldas grátis”, lembra. Hoje, as meninas já não usam mais fraldas.
Os três berços foram presentes da patroa da avó. As roupas das crianças também vieram todas de doações. “Consegui amamentar até os três meses, depois faltou leite. Aí, passei a ter a ajuda do governo, que distribui leite pó”, conta. Por semana, a mãe recebe latas que rendem 22 litros de leite. “Elas mamam três vezes por dia: de manhã, à tarde e à noite”, conta. Entretanto, o benefício vai só até os 3 anos.
Pamela também teve sorte porque muita gente se dispôs a tomar conta das crianças. Uma da suas irmãs, assim que as sobrinhas nasceram, se mudou para a casa da família. “Eu tinha medo de ficar sozinha com elas tão novinhas e pequeninhas”, explica. Mas, passado um tempo, a mãe se acostumou à rotina e quase não precisa da ajuda de ninguém para cuidar do trio.
Trabalho ininterrupto
Mesmo matriculadas em uma creche, na mesma sala, Pamela não consegue parar nem para pintar as unhas. Ela aproveita o tempo para lavar as seis mamadeiras e as quase 30 chupetas que ficam espalhadas pela casa. Enquanto as meninas estão na aula, a jovem também cuida das roupas das filhas. “Eu já perdi a conta da quantidade de meias que tenho que esfregar. Calcinhas são pelo menos 40”, conta.
Mesmo matriculadas em uma creche, na mesma sala, Pamela não consegue parar nem para pintar as unhas. Ela aproveita o tempo para lavar as seis mamadeiras e as quase 30 chupetas que ficam espalhadas pela casa. Enquanto as meninas estão na aula, a jovem também cuida das roupas das filhas. “Eu já perdi a conta da quantidade de meias que tenho que esfregar. Calcinhas são pelo menos 40”, conta.
Quando estão em casa, além de dar banho e comida, a mãe passa um bom tempo brincando com as filhas, que costumam dormir tarde. “Elas brigam bastante. Tenho sempre que estar por perto para separar”, conta. Para a mãe, cada uma tem um jeitinho único. “A Antonela é a mais briguenta. Já a Nataly é carinhosa e a Pietra, mais meiga”, diferencia.
As três são idênticas e, além da personalidade, a mãe reconhece cada uma conforme o formato dos rostinhos. “É o único jeito”, explica. Mas, segundo Pâmela, as irmãs não falham: todas se reconhecem muito bem, inclusive em fotos. “Quando eu chamo uma pelo nome errado, todas ficam me olhando e ainda me corrigem. Nas fotos, uma sabe quem é a outra, é muito interessante”, conta.
Amor de irmãs
Apesar das brigas, a mãe diz que dá para notar, frequentemente, o amor entre as trigêmeas. “A professora já me disse que elas se defendem na creche. Quando uma fica doente, as outras duas abraçam, beijam e não saem de perto”, relata. As meninas, segundo Pamela, são bastante unidas. Tanto que vão ao banheiro, desde pequenas, sempre juntas.
Apesar das brigas, a mãe diz que dá para notar, frequentemente, o amor entre as trigêmeas. “A professora já me disse que elas se defendem na creche. Quando uma fica doente, as outras duas abraçam, beijam e não saem de perto”, relata. As meninas, segundo Pamela, são bastante unidas. Tanto que vão ao banheiro, desde pequenas, sempre juntas.
Assim como andar, todas começaram a falar ao mesmo tempo. Elas também dormem juntas, na cama dos pais. Há mais de um ano, o casal passa as noites em um colchão na sala. Uma esquenta a outra e, se ficam separadas, não dormem direito. “O que eu mais quero, no futuro, é que elas continuem unidas”, afirma.
'Guerreira'
Assim que as filhas crescerem um pouco mais, Pamela planeja voltar a estudar e a trabalhar. “Eu sempre quis trabalhar na área de educação, com crianças. Também sempre tive muita vontade de fazer nutrição ou gastronomia”, conta. Entretanto, por enquanto, a dedicação é exclusiva às meninas. “Não acho nem um pouco ruim que seja assim. Ser mãe, e ser mãe das três, me fez uma pessoa melhor”, acredita.
Assim que as filhas crescerem um pouco mais, Pamela planeja voltar a estudar e a trabalhar. “Eu sempre quis trabalhar na área de educação, com crianças. Também sempre tive muita vontade de fazer nutrição ou gastronomia”, conta. Entretanto, por enquanto, a dedicação é exclusiva às meninas. “Não acho nem um pouco ruim que seja assim. Ser mãe, e ser mãe das três, me fez uma pessoa melhor”, acredita.
O marido é só admiração por Pamela. “Eu paro de trabalhar apenas de madrugada. Todos os dias, vejo a dificuldade dela para criar as nossas filhas praticamente sozinha. Tudo o que ela faz é com muito amor. É uma guerreira, sempre foi. Aguentou a gravidez super bem e continua sendo uma ótima mãe. Ela me deu uma família linda”, finaliza.
Os pais de Pamela se separaram quando ela ainda era uma adolescente. “A minha mãe saía para trabalhar e eu ficava com as minhas três irmãs mais novas. Sempre cuidei delas, o que me ajudou bastante quando minhas filhas nasceram”, conta. Apesar de passar boa parte do tempo trabalhando, Pâmela diz que sua mãe sempre foi muito presente e que quer ser exatamente assim.
“Aprendi que, não importa o que aconteça, é sempre importante demonstrar o amor que a gente sente”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário