Marcha foi até o Departamento de Justiça com cartazes exigindo mudanças.
Ato foi organizado por grupo de mães que tiveram filhos mortos pela polícia.
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Centenas de mães afro-americanas dosEstados Unidos protestaram neste sábado (09), em Washington, contra o racismo e a violência policial, problemas que algumas delas conhecem de perto já que seus filhos morreram assassinados por integrantes das forças de segurança americanas.
Na véspera do Dia das Mães nos EUA, a manifestação "Millions Moms March" percorreu uma das principais avenidas da capital americana até o Departamento de Justiça, com cartazes que exigiam mudanças.
As mães se uniram a outros cidadãos para pedir o fim dos abusos e do racismo. Eles reivindicam também que os policiais que incorrerem nesse tipo de prática sejam punidos.
A manifestação ocorreu pouco depois de a Justiça dos EUA abrir uma investigação federal para determinar se o Departamento de Polícia de Baltimore, no estado de Maryland, comete abusos e discrimina racialmente os cidadãos quando prende, vigia ou investiga suspeitos.
A cidade viveu na semana passada um dos piores protestos em décadas após a indignação gerada pela morte do jovem negro Freddie Gray por causa de uma lesão na medula espinhal produzida durante sua detenção.
A marcha que percorreu Washington hoje foi organizada pelo grupo "Mothers for Justice United", formada por mães que tiveram seus filhos assassinados por policiais, e a entidade "Coalition for Justice".
A fundadora do "Mothers for Justice United", Maria Hamilton, perdeu seu filho de 31 anos, morto em Milwaukee (Wisconsin) por um policial que disparou 14 vezes.
"Queremos que o governo federal mude as leis. Precisamos que todos os policiais do país estejam sob a mesma regulação para nos proteger", disse Maria à emissora "WITI-TV".
Após a morte de Michael Brown no ano passado no Missouri, Freddie Gray se transformou em um novo símbolo da brutalidade policial e do racismo contra minorias nos Estados Unidos, um problema reconhecido pelo presidente Barack Obama.
Jovens negros como Gray e Brown correm 21 vezes mais risco de receberem tiros da policia do que os brancos, de acordo com um relatório elaborado pela organização "ProPublica" a partir de dados dos órgãos de segurança.
Após a investigação sobre a Polícia de Baltimore, o Departamento de Justiça publicará um relatório similar ao elaborado após a morte de Brown.
No documento, o departamento concluiu que os agentes de Ferguson (Missouri), majoritariamente brancos, mantinham práticas abusivas e racistas, o que levou à demissão do chefe Tom Jackson
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