Bilac Vê as Estrelas é uma comédia musical com um roteiro bem articulado para o palco.
Na onda de musicais brasileiros inspirados em biografias, que bem ou mal assolam o mercado, uma produção nacional prestes a estrear em São Paulo desponta como honrosa exceção - inspirada em um livro de Ruy Castro, Bilac Vê as Estrelas é uma comédia musical com um roteiro bem articulado para o palco, obra de Heloisa Seixas e Julia Romeu, que equilibraram realidade e ficção sem que uma agredisse a outra. Não bastasse isso, o espetáculo traz 15 canções especialmente escritas por Nei Lopes, grande pesquisador do cancioneiro nacional. Uma pequena joia de diferentes quilates distribuídos entre lundus, modinhas, maxixes e valsas. A peça entra em cartaz na sexta-feira, 29, no Espaço Promon.
A trama é deliciosamente rocambolesca - no início do século passado, quando o Rio de Janeiro desfrutava sua Belle Époque, o poeta Olavo Bilac (André Dias) e o jornalista José do Patrocínio (Sergio Menezes) enfrentam a cobiça de Eduarda Bandeira (Amanda Acosta), espiã portuguesa que se alia ao Padre Maximiliano (Caike Luna) para roubar o projeto de um dirigível, criado por Patrocínio. A vilã, que pretende vender o plano para os americanos, tenta seduzir Bilac por meio do pompoarismo (técnica milenar originária na Índia, que consiste no fortalecimento da musculatura vaginal), que aprendeu com um amante na Itália.
Primeiro romance assinado por Ruy Castro, Bilac Vê as Estrelas foi lançado em 2000, pela Companhia das Letras. Em 2007, ele publicou Era no Tempo do Rei, que também deu origem a um musical com o mesmo time: direção de João Fonseca e texto de Heloisa e Julia. A experiência facilitou a adaptação de Bilac. "Foi mais simples. As dificuldades foram as de qualquer transposição de literatura para teatro. Tivemos de cortar personagens, transformar cenas e modificar a trama do livro. Era preciso ter em mente que seria um musical, com um ritmo próprio", pondera Heloisa. Ela assegura que Ruy não participou da adaptação. "Tomamos muitas liberdades e, por isso, achamos que era melhor ele só ver o resultado final."
A trama é deliciosamente rocambolesca - no início do século passado, quando o Rio de Janeiro desfrutava sua Belle Époque, o poeta Olavo Bilac (André Dias) e o jornalista José do Patrocínio (Sergio Menezes) enfrentam a cobiça de Eduarda Bandeira (Amanda Acosta), espiã portuguesa que se alia ao Padre Maximiliano (Caike Luna) para roubar o projeto de um dirigível, criado por Patrocínio. A vilã, que pretende vender o plano para os americanos, tenta seduzir Bilac por meio do pompoarismo (técnica milenar originária na Índia, que consiste no fortalecimento da musculatura vaginal), que aprendeu com um amante na Itália.
Primeiro romance assinado por Ruy Castro, Bilac Vê as Estrelas foi lançado em 2000, pela Companhia das Letras. Em 2007, ele publicou Era no Tempo do Rei, que também deu origem a um musical com o mesmo time: direção de João Fonseca e texto de Heloisa e Julia. A experiência facilitou a adaptação de Bilac. "Foi mais simples. As dificuldades foram as de qualquer transposição de literatura para teatro. Tivemos de cortar personagens, transformar cenas e modificar a trama do livro. Era preciso ter em mente que seria um musical, com um ritmo próprio", pondera Heloisa. Ela assegura que Ruy não participou da adaptação. "Tomamos muitas liberdades e, por isso, achamos que era melhor ele só ver o resultado final."
Agência Estado
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