Dom Bosco é figura central da mais recente edição do Semanário ECCLESIA
Lisboa, 29 mai 2015 (Ecclesia) – No contexto do bicentenário de São João Bosco, a edição mais recente do Semanário ECCLESIA apresenta hoje vários testemunhos da família salesiana, de quem vive este carisma no terreno, e projeta os desafios que se colocam ao futuro da congregação.
“O objetivo é celebrar a vida de um homem que não é de há 200 anos mas continua presente e apela à promoção integral e plena da pessoa”, explica o provincial dos Salesianos.
O padre Artur Pereira recorda que Dom Bosco (16 de agosto de 1815-31 de Janeiro de 1888) foi tratado “um pouco como louco” porque aquilo que fazia “não era compreensível, quebrou barreiras” e os jovens encontraram “e encontram ainda hoje nele, esta mensagem, esta presença, esta capacidade de interpelar cada um”.
O provincial da Pia Sociedade de São Francisco de Sales em Portugal considera o fundador da Congregação Salesiana um homem "muito atual” e recorda que São João Bosco escolheu “a melhor parte”, ou seja, quem a sociedade rejeitava.
“A juventude do seu tempo, adolescentes que vindos das aldeias desciam para Turim (Itália). Ali foram muito explorados, abusados. Dentro do coração de cada jovem há dinamismos que o educador, os pais, precisam de descobrir e isso não faz sem a atenção necessária”, desenvolve aquele responsável.
No mesmo contexto, o diretor da Escola Salesiana do Estoril, padre Tarcísio Morais, observa que o sacerdote italiano no século XIX ofereceu o seu “sistema preventivo” com “amabilidade, proximidade, ambiente educativo”.
Uma proposta de vida que se fundamenta “na razão, na religião, e sobretudo na vontade de fazer crescer e encaminhar para Deus”.
João Fialho, por exemplo, é testemunha da aplicação do método educativo das escolas salesianas hoje depois de ter frequentado, entre os três e os 15 anos, estabelecimentos de ensino desta congregação que “marcaram” a sua personalidade.
“Depois passei para uma escola pública e ai conseguimos ver a diferença. Os educadores e os salesianos conseguem conhecer cada aluno, a história, os sonhos e os projetos através da disponibilidade, não dão só a matéria”, destaca o antigo aluno.
Mónica Henriques, professora nas escolas salesianas de Lisboa, frisa que tenta “saber e ir ao encontro de cada um” e passar os três grandes pilares de São João Bosco – “razão, religião, amor”.
Os salesianos têm atualmente sete colégios em Portugal continental, depois um na ilha da Madeira e outro em Cabo Verde, na ilha de São Vicente, pertencente à Província Portuguesa.
O universo de alunos que frequentam os Colégios Salesianos é de aproximadamente 10.000 estudantes, distribuídos pelos vários níveis de ensino.
Os Salesianos continuam também a privilegiar o setor da Comunicação Social através da Edições Salesianas, referência nacional nas áreas da catequese e animação pastoral, há 40 anos no mercado português.
No dossiê temático da mais recente edição do Semanário ECCLESIA são apresentados também os vários ramos que compõem a família salesiana onde se contam sacerdotes, religiosas, cooperadores e a Associação de Maria Auxiliadora.
“Neste momento temos 31 grupos que, dentro do seu carisma, aglutinam-se ao grande Movimento dos Salesianos”, adianta o padre Rocha Monteiro.
A intervenção social é outra preocupação destes religiosos e atualmente é composta por várias valências, como internatos, lares de infância e juventude, centros de atividades de tempos livres e várias escolas socio-desportivas.
Em 2008 lançaram o projeto “Sol Sal – Solidariedade Salesiana”, especialmente dedicado a crianças e jovens provenientes de famílias em risco ou mais carenciadas.
Dom João Bosco foi proclamado santo em 1934, pelo Papa Pio XI e São João Paulo II definiu-o como "pai e mestre da juventude”.
SN/PR/CB/JCP
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