O aquecimento provocará uma diminuição da biodiversidade nas regiões quentes do oceano.
Paris - Os oceanos passarão por uma "mudança importante" em sua biodiversidade, mesmo que o aquecimento global se mantenha inferior a 2°C, a meta estabelecida pela comunidade internacional, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira.
"Se o aquecimento climático não for controlado rapidamente, isso provocará uma reorganização maciça da biodiversidade marinha em escala planetária", alertam os pesquisadores, a seis meses da Conferência de Paris sobre o Clima (COP21), na qual se tentará chegar a um acordo para limitar o aumento de temperatura a até 2°C.
Feito por uma equipe internacional dirigida pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, sigla em francês), o estudo foi publicado na revista "Nature Climate Change".
Os autores da pesquisa estimaram as mudanças da biodiversidade marinha até o final deste século, utilizando diferentes cenários de aquecimento. A equipe comparou os resultados com a situação no período 1960-2013 e também com dois intervalos da História da Terra, nos quais o clima era muito distinto do atual.
Esses dois períodos são o Último Máximo Glacial, há 22.000 anos, quando a temperatura global era entre 4°C e 5°C inferior à de hoje, e o Pleistoceno Médio, uma época relativamente quente há cerca de três milhões de anos. Segundo os cientistas, um aquecimento significativo - até 4,8°C até 2100, no cenário mais pessimista - provocará "mudanças sem precedentes nos ecossistemas marinhos em três milhões de anos".
O estudo se concentrou nas espécies que vivem nos 200 metros superiores dos oceanos, a parte mais valiosa desse ecossistema para os humanos.
Qualquer que seja a intensidade, porém, o aquecimento provocará uma diminuição da biodiversidade nas regiões quentes do oceano e um aumento nas regiões frias. "Mas esse aumento de biodiversidade não compensará o desaparecimento das espécies", advertem os pesquisadores.
"Se o aquecimento climático não for controlado rapidamente, isso provocará uma reorganização maciça da biodiversidade marinha em escala planetária", alertam os pesquisadores, a seis meses da Conferência de Paris sobre o Clima (COP21), na qual se tentará chegar a um acordo para limitar o aumento de temperatura a até 2°C.
Feito por uma equipe internacional dirigida pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, sigla em francês), o estudo foi publicado na revista "Nature Climate Change".
Os autores da pesquisa estimaram as mudanças da biodiversidade marinha até o final deste século, utilizando diferentes cenários de aquecimento. A equipe comparou os resultados com a situação no período 1960-2013 e também com dois intervalos da História da Terra, nos quais o clima era muito distinto do atual.
Esses dois períodos são o Último Máximo Glacial, há 22.000 anos, quando a temperatura global era entre 4°C e 5°C inferior à de hoje, e o Pleistoceno Médio, uma época relativamente quente há cerca de três milhões de anos. Segundo os cientistas, um aquecimento significativo - até 4,8°C até 2100, no cenário mais pessimista - provocará "mudanças sem precedentes nos ecossistemas marinhos em três milhões de anos".
O estudo se concentrou nas espécies que vivem nos 200 metros superiores dos oceanos, a parte mais valiosa desse ecossistema para os humanos.
Qualquer que seja a intensidade, porém, o aquecimento provocará uma diminuição da biodiversidade nas regiões quentes do oceano e um aumento nas regiões frias. "Mas esse aumento de biodiversidade não compensará o desaparecimento das espécies", advertem os pesquisadores.
AFP
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